Imprimir

Notícias / Cidades

Com aviso de demissão em massa, motoristas cruzam os braços e 17 mil passageiros ficam sem ônibus

Da Redação - Fabiana Mendes

Cerca de 17 mil passageiros ficaram sem transporte público, nesta quarta-feira (12), depois que 150 motoristas cruzaram os braços, por conta de um aviso de demissão coletiva na empresa Cidade de Pedra, concessionária dos serviços em Rondonópolis (a 218 quilômetros de Cuiabá).

Leia mais:
Sem pagamento, motoristas de ônibus cruzam os braços em greve nesta segunda

Os motoristas cobram uma solução, pois estão prestes a perder o emprego. A Concessionária já informou que deverá deixar os serviços no município até o dia 30 deste mês, pois não possui contrato com a Prefeitura e mantém os serviços de forma emergencial desde 2014. Ao longo dos anos, três processos licitatórios foram abertos, mas nenhuma empresa se candidatou.
 
A Prefeitura de Rondonópolis, por meio da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (Setrat), informou que não havia sido comunicada sobre a paralisação dos funcionários da Cidade de Pedra, nem por parte da empresa nem pelo Sindicato dos Trabalhadores do Transporte.
 
A Setrat explica que na última sexta-feira (7), o Conselho Municipal de Trânsito havia se reunido para tratar dos trâmites que envolvem a confecção do novo edital para realizar uma nova licitação para o transporte coletivo local, que contou com a participação do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte, da Acir, CDL, Umes, Câmara Municipal, entre outras entidades.
 
A Setrat também ressalta que no dia 28 de fevereiro ficou acordado em reunião, também com a empresa Cidade de Pedra e Sindicato, demais entidades e Câmara de Vereadores, que a empresa atuaria em Rondonópolis até que fosse feita nova licitação.
 
Para que isso fosse possível, ficou definido que a passagem passasse de R$ 3,80 para R$ 4,10, levando-se em conta que não havia reajuste há mais de um ano e meio. Já o repasse da prefeitura para a empresa referente ao passe-livre estudantil que era de 38% no valor da passagem, subiu para 50%.
 
Greve em Cuiabá
 
Na última segunda-feira (10), 340 veículos de Cuiabá e Várzea Grande não saíram das garagens. A greve foi motivada pela falta de pagamento do salário, que deveria ter ocorrido na última sexta-feira (07). As empresas estariam passando por dificuldades financeiras.

Mesmo assim, prometeram tentar efetuar o pagamento na segunda-feira. Vale lembrar que a tarifa do transporte coletivo de Cuiabá voltou a custar R$ 4,10, após determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A decisão do TCE é do dia 26 de fevereiro e foi assinada pelo conselheiro Luiz Carlos Pereira.
Imprimir