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Emanuel afirma que é 100% a favor do VLT e diz que não continuar obra é retrocesso

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Érika Oliveira

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou nesta segunda-feira (24) que uma possível decisão do governador Mauro Mendes (DEM) de não continuar as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) seria um retrocesso. O gestor municipal pontuou que é 100% a favor do novo modal, que caso seja finalizado transformará o transporte público da capital mato-grossense e também de Várzea Grande. Além disto, aproveitou para dar uma ‘leve bronca’ no secretário de Mobilidade Urbana (Semob), Antenor Figueiredo, que havia dito que o projeto seria descontinuado.

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“O VLT é uma responsabilidade do Estado. Porém, não pode ser feito, sem ser discutido e autorizado pela prefeitura. É uma ação histórica, que afeta diretamente a vida da população cuiabana. Sou 100% a favor da implantação do VLT, assim como fui quando era deputado”, disse o prefeito.
 
Emanuel ainda acrescentou que o modal seria uma revolução no transporte coletivo do município. “É uma transformação no conceito de desenvolvimento urbano. Por trás dele, vem uma transformação no transporte coletivo, econômica e social, do Centro Histórico de Cuiabá, do meio ambiente da cidade, que é valorizado. Para mim, o VLT é um caminho sem volta, não imagino uma resposta negativa. Para mim, seria um retrocesso”.
 
O prefeito ainda sugeriu que o Governo do Estado sente com os gestores de Cuiabá e Várzea Grande para tratar do andamento das obras. “A decisão, responsabilidade é do governo do Estado, mas precisamos trabalhar juntos”.
 
O emedebista ainda aproveitou para dar uma ‘bronca’ no secretário Antenor Figueiredo, que em uma entrevista recente disse que o VLT não teria continuidade. Segundo Emanuel, o titular da Semob afirmou ter sido mau interpretado e que aquele posicionamento teria vindo direto de alguns membros do Estado.
 
“O Antenor não tem nada o que falar isto. Até conversei com e ele me disse que foi mal interpretado. Ele disse que queria retratar uma conversa que teve com membros do governo Estadual”, finalizou o prefeito.

Na última semana, o prefeito  disse que está aguardando ser convocado pelo governador Mauro Mendes (DEM) para discutir o que será feito em relação às obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá, assim como em Várzea Grande. De acordo com o prefeito, nenhuma obra será retomada sem passar pelo crivo da equipe técnica e a autorização do Alencastro

"Existe um decreto, que foi o primeiro decreto que eu assinei, que nada se faz em Cuiabá sem a autorização da prefeitura. Então, como sempre disse, Cuiabá não é terra de ninguém e aqui tem prefeito. Aqui tem gestão, temos uma equipe técnica extraordinária e nós temos que ser ouvidos. Da mesma forma que um particular, para fazer uma obra precisa da autorização da prefeitura, o governo do estadual, ou federal, se quiserem fazer uma obra em Cuiabá vão ser bem-vindos, mas tudo deverá passar pelo crivo, pela análise técnica e autorização da prefeitura de Cuiabá. O primeiro passo será ouvir Cuiabá, assim como  Várzea Grande”, disse Pinheiro.

VLT
 
Iniciada em agosto de 2012 e com mais de R$ 1 bilhão já aplicados para o “novo” modal de transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande, os trilhos que guiariam o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) nos dois municípios quase não existem, e os que já foram construídos estão se deteriorando, juntamente com os vagões que estão estacionados no Centro de Controle Operacional e Manutenção, localizado em Várzea Grande e que, por curiosidade, também está se definhando por falta de manutenção.
 
Parada desde dezembro de 2014, o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos será composto por duas linhas (Aeroporto-CPA e Coxipó-Porto), com total de 22 km de trilhos e terá 40 composições, com 280 vagões. Cada composição tem capacidade para transportar até 400 passageiros, sendo 72 sentados.
 
Serão 33 estações de embarque e desembarque e três terminais de integração, localizados nas extremidades do trecho, além de uma estação diferenciada onde também poderá ser feita a integração com ônibus.
 
Para a manutenção de todas as estruturas que compõem o VLT, o governo gasta R$ 16 milhões ao mês.

No início deste mês, o Tribunal de Justiça do Estado decidiu manter a rescisão do contrato do Governo com o consórcio VLT. No mesmo dia, o governador Mauro Mendes anunciou que iria decidir os rumos das obras do modal até o início de julho. 
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