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Medeiros chama marido de Glenn Greenwald de 'parceiro sexual' e causa tumulto na Câmara

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

O deputado federal mato-grossense José Medeiros (Pode) causou tumulto durante o depoimento do jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil, na Comissão de Direitos Humanos da Câmara nesta terça-feira (25).

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Em seu tempo de fala, após fazer uma série de questionamentos sobre espionagem e uma suposta negociata envolvendo a renúncia do ex-deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ), Medeiros usou o termo "parceiro sexual" para se referir ao deputado David Miranda (Psol-RJ), que é marido do jornalista. 

"O senhor fez algum acordo financeiro para que o ex-Big Brother Jean Wyllys para que ele renunciasse em favor de seu parceiro sexual?", questionou o deputado mato-grossense.


A pergunta logo gerou uma forte reação dos outros parlamentares presentes como Maria do Rosário (PT-RS), Samia Bomfim (Psol-SP) e Talíria Petrone (Psol-RJ), que chamaram Medeiros de machista e homofóbico.

O presidente da comissão, deputado Helder Salomão (PT-ES) também repudiou a atitude de Medeiros, solicitando inclusive que a expressão "parceiro sexual" fosse retirada da ata.

Em sua resposta, o jornalista afirmou que não é a primeira vez que Medeiros o aborda com relação ao seu marido e recordou que homofobia é crime no Brasil.

"Essas palavras sobre meu marido, eu vou simplesmente anotar, porque o STF na semana passada disse que homofobia agora é um crime e esta obcessão que o deputado tem falando de chantagem e da minha vida sexual não é a primeira vez. Acho que isso é estranho e deve ser examinado, mas aqui no Brasil, nos Estados Unidos e em todos os países da Europa os casamentos são legais. Então meu marido é meu marido", respondeu. 


Na semna passada, Medeiros já havia se desentendido tanto com Greenwald, quanto com o ex-deputado Jean Wyllys por meio de redes sociais por os atacá-los, insinuando que houve um possível acordo entre ambos para beneficiar David Miranda.

Na ocasião, Wyllys, que renunciou do cargo alegando estar sendo vítima de ameaças de morte, afirmou que irá processar o parlamentar mato-grossense pelo crime de calúnia. 
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