O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) anunciou que tem a garantia de 11 votos contrários à mensagem do Executivo que altera regras para concessão de incentivos fiscais em Mato Grosso. O texto enviado pelo governo convalida os benefícios em vigência e precisa ser aprovado até 31 de julho sob pena de as isenções perderem validade.
Leia também:
Mauro rebate Fiemt e lembra que presidente foi secretário de Taques: “de desemprego eles entendem bem”
Ex-Sefaz, presidente da Fiemt diz que projeto de Mendes cria insegurança e desemprego
“Nós já temos 11 votos garantidos contra o projeto PLC 53 do Governo do Estado. Aqui nós fazemos política, governador. Ou o senhor retira essa matéria, ou arruma essa matéria. Os deputados vão corresponder com suas bases”, afirmou Wilson, durante audiência pública sobre o assunto, realizada na tarde desta terça-feira (2). De acordo com ele, Thiago Silva e Sebastião Rezende (PSC) já gravaram vídeos com manifestações contrárias à matéria.
“Ou senta para conversar ou vai perder aqui na Assembleia, mesmo tendo uma base enorme vai perder essa matéria aqui. Uma derrota nessa altura dos acontecimentos complica o restante do Governo”, alertou Wilson.
O tucano ainda aproveitou o tempo na tribuna para fazer um desagravo ao presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso, que criticou o projeto e foi duramente rebatido por Mauro Mendes.
“Foi ofendido pelo governador Mauro Mendes numa resposta incabível, chula, pequena e rasteira. Esse debate não é para vir para este ambiente. O governador esculhambou o presidente da Fiemt, está nos jornais, disse que ele é responsável pelo desemprego em Mato Grosso, que ele é responsável pela quebradeira no estado. Claro que não é. Não é esse o nível, não vamos chutas canelas, não é por aí, governador. Mantenha a calma”, rebateu Wilson.
Na tarde de ontem, Gustavo Oliveira afirmou que o projeto do governo gera insegurança jurídica e desemprego, Mauro Mendes rebateu da seguinte forma: “Queria dizer ao Gustavo de Oliveira, que falou que nosso projeto gera desemprego e insegurança, que ele foi membro durante três anos do governo passado e entende muito bem de segurança jurídica. Durante o período deles no governo, geraram 130 ações na Justiça contra o Prodeic. Enquanto esteve como secretário, tivemos uma ação direta de inconstitucionalidade contra uma lei do incentivo fiscal do comércio, gerando enorme insegurança. Isso pode trazer prejuízos talvez irreparáveis para os comerciantes”.