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Notícias / Economia

Redução de jornada é um tiro no pé, avalia Alexandre Furlan

De Brasília - Rosângela Mendes

O diretor financeiro da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Alexandre Furlan, avaliou que a redução da jornada trabalhista brasileira de 44 para 40 horas é como dar um “tiro no próprio pé”, em referência a PEC (Proposta de Emenda Constitucional), 231/95,que prevê a redução da carga horária de 44 para 40 horas semanais.

“A diminuição da jornada é um ‘tiro no pé’. Toda a expectativa que está sendo gerada com a diminuição da carga horária, como uma maior geração de empregos é somente falácias, e que na verdade terá um efeito contrário ao que está sendo pregado”, defendeu Furlan.

De acordo com o diretor da CNI, a discussão da medida é somente “jogada política” em um cenário de pré-campanha eleitoral. Segundo ele, a mudança não produz efeitos positivos ao mercado. E sê aprovada terá efeito inverso, a expectativa pregada pelos sindicatos, como aumento da informalidade no mercado, desemprego para micro e pequenas empresas por onerá-las mesmo com a redução da carga horária dos trabalhadores.

Furlan ainda transferiu a responsabilidade para a Câmara e cobrou que a Casa coloque em discussão da redução dos encargos sociais e tributos, fatores que segundo ele, se fossem observados pelo Legislativo não seria necessário debater a redução da carga horária como uma forma de geração de emprego, além disso, cobrou maior envolvimento do Governo.
“O Governo Federal tem que se envolver de forma mais efetiva no mercado”, cobrou.
A discussão tumultuou hoje a Câmara Federal e gerou muita tensão em uma discussão calorosa entre representantes dos segmentos comerciais e também de movimentos e sindicatos trabalhistas, que defendem interesses “escusos”, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP) teve que interromper a sessão por várias vezes por causa de vaias e gritos de populares a posicionamentos de representantes empresariais.
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