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Selma se compromete a lutar por segurança na fronteira; demandas serão levadas a Bolsonaro e Moro

Da Redação - Fabiana Mendes

A senadora Selma Arruma (PSL) se comprometeu a lutar pela segurança na fronteira mato-grossense. A declaração foi durante a audiência pública realizada nesta quinta-feira (11), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Na ocasião, foi decidido que encaminhamentos feitos pelas lideranças regionais e as forças de segurança serão levados ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ao ministro da Justiça, Sérgio Moro. 

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A pesselista reforçou o apoio às propostas e garantiu que vai contribuir com o que for necessário para trazer mais investimentos ao estado e também para a integração das forças de segurança.

“Temos que trabalhar de forma planejada e conjunta no combate ao crime organizado, com modificação na legislação se for necessário, tornando-a mais rígida”, disse a senadora, que em seguida complementou: "nós vamos lutar pela fronteira, custe o que custar", disse a senadora.
 
“Segurança pública na fronteira é de extrema importância porque representa aumento na criminalidade em todo país, pois esta região na divisa entre Brasil e Bolívia é porta de entrada para drogas, armas e um corredor de escoamento de produtos de roubos e furtos, entre eles, de veículos”, frisou o deputado estadual Dr. Gimenez.
 
Para o delegado-geral da Polícia Judiciária Civil, Mário Dermeval Aravechia de Resende, uma das prioridades da corporação é o aumento de profissionais, que incluem policiais, investigadores e escrivães, com apoio de novas tecnologias. "Nosso efetivo atual (para os 28 municípios) é de aproximadamente 300 profissionais, mas precisamos pelo menos de mais 50% desse número", destacou o delegado.
 
O coordenador do Gefron, tenente-coronel José Nildo de Oliveira, explicou que o trabalho do Estado na região de fronteira existe há 17 anos e se destaca pelo volume de apreensões de entorpecentes e de aeronaves - um total de seis só nos primeiros meses de 2019. "Neste primeiro semestre foram apreendidas mais de 2,8 toneladas de drogas. Em 4 anos, somamos mais de 15 toneladas, porém o trabalho precisa ser intensificado”, reiterou.
 
Na avaliação do comandante-geral da PM, Jonildo José de Assis, embora a polícia militar esteja presente nos 141 municípios mato-grossenses e possua atenção especial com na fronteira, as necessidades de melhorias realmente são muitas e demandam sensibilização do governo federal. "Com melhor estrutura e integração, vamos impedir o tráfico estadual, nacional e internacional de drogas e os crimes advindos dele”, lembrou Assis.
 
Entre as outras autoridades presentes, participaram  do debate o deputado estadual Silvio Fávero (PSL), o diretor-geral da Politec, Rubens Okada, o secretário-adjunto de Integração Operacional, Victor Fortes, representando o secretário da Sesp, Alexandre Bustamante; os prefeitos de São José dos Quatro Marcos, Ronaldo Floriano, de Indiavaí, Valteir Quirino e de Glória D'Oeste, Paulo Greve. Também lideranças políticas de Cáceres, Mirassol D'Oeste, Vila Bela da Santíssima Trindade e representes dos Conselhos Comunitários de Segurança Pública (Consegs) da região oeste.
 
Reivindicações de Mato Grosso
 
A faixa de fronteira de Mato Grosso compreende cerca de 900 km de extensão, abrange 28 municípios e aproximadamente 531 mil habitantes, sendo 382,8 mil em 23 municípios da região oeste. E a ação dos bandidos é cada vez mais violenta, com roubo seguido de cárcere privado, principalmente em locais sem unidade da polícia, como Glória D’Oeste, onde prefeito e vice-prefeita sofrendo assaltos recentes.
 
As indicações do Dr. Gimenez ao ministro Moro incluem: a construção de uma penitenciária de segurança máxima em Cáceres, recursos para a construção de uma unidade própria da polícia judiciária civil (PJC) em Mirassol D’Oeste e viaturas para as polícias civil, militar e Gefron (Grupo Especial de Segurança de Fronteira), que devem ser 4 x 4 e com tração para rodar nas estradas da região.
 
“Temos uma fronteira seca de cerca de 700 km e outros 300 km de fronteira úmida, com áreas pantanosas em Cáceres, que faz divisa com a Bolívia através do Rio Paraguai. Mas temos ainda as cidades do Vale do Guaporé, como Quatro Marcos, Mirassol, Araputanga e Pontes e Lacerda, com incontáveis estradas de difícil acesso que também levam ao país vizinho”.
 
Já ao governo estadual, entre as reivindicações estão: a instalação de uma gerência do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), no município de Porto Espiridião, localizado na linha de fronteira (divisa), e a aquisição de um helicóptero para agilizar o atendimento das ocorrências; a instalação de câmeras de segurança no modelo OCR (leitores ópticos de caracteres), com o intuito de contribuir com o serviço de inteligência desenvolvido; e também o aumento do efetivo policial na região.
 
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