Imprimir

Notícias / Educação

Professores da rede municipal de Várzea Grande ameaçam entrar em greve

Da Redação - Thaís Fávaro/ Da Reportagem Local - Rogério Florentino

Membros do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso, subsede Várzea Grande (Sintep/VG), realizaram uma manifestação em frente ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon para cobrar um posicionamento da prefeita do município, Lucimar Campos (DEM), a respeito do enquadramento e da reposição salarial dos servidores técnicos da educação. A categoria afirma que se não houver acordo poderá deflagrar greve na rede municipal de ensino.O protesto foi realizado no último dia 11.

Leia mais
Mauro recusa proposta da Assembleia para pagar reajuste parcelado a servidores da Educação
 
O presidente do Sintep/VG, Jucelino Dias de Moura, informou para a equipe de reportagem do Olhar Direto que o movimento foi realizado em conjunto dos trabalhadores da rede municipal e estadual de ensino. “Estamos nessa luta desde 2015 quando a prefeita assumiu a prefeitura, cobrando dela o enquadramento que é a questão de carreira dos servidores da educação e da saúde.

De acordo com Jucelino, a categoria conseguiu após duas conciliações do Tribunal de Justiça que a Lei 2043 fosse cumprida no prazo de 180 dias, porém já se passaram quatro anos e o acordo não foi cumprido pela prefeitura. “Nesse ano após muita cobrança e pressão que nós fizemos ela (prefeita) está na mídia e nas redes sociais, através da sua assessoria de comunicação, dizendo que fez esse enquadramento para os trabalhadores, o que não é verdade”, afirma.

“O que ela fez apenas foi apenas uma elevação de um nível, isso não significa um enquadramento por completo. Por exemplo, nós temos trabalhadores na educação que hoje estamos sendo lesados em torno de R$ 250 à R$ 2.500 mensalmente por conta desse enquadramento, com isso a prefeita vem economizando em torno de R$ 1,5 milhão por mês, assim fica fácil para ela fazer mídia nas costas dos trabalhadores”, conclui o presidente.

Jucelino afirma que a  alguns servidores tiverem o aumento de nível, mas que ele não condiz com a realidade do profissional. “O enquadramento que ela fez é uma enganação, por exemplo essa elevação de um nível que ela fez, ela pegou o trabalhador que já merecia estar no nível 4, mas que ainda está no nível 1 e colocou no nível 2. Uma diferença de R$ 70 reais no salário do trabalhador. Ela não colocou toda a evolução que ela teria direito, ela subiu um nível só e está alardando que fez o enquadramento, mas não fez aquilo que o trabalhador merece, que é o enquadramento por completo”.

Além do enquadramento, a categoria cobra a questão da recomposição salarial para os técnicos. “Os vigias, as merendeiras e trabalhadores dos serviços gerais que aqui na Várzea Grande não tiveram reposição salarial. Isso está se repetindo porque teve uma reposição salarial em 2016 e 2017 somente para os professores, funcionários não. Agora em 2019 a dose se repetiu. Os técnicos não tiveram reposição salarial que é constitucional”, diz.
 
De acordo com ele, a prefeita nunca aceitou sentar para conversar com a categoria e que os profissionais já solicitaram de forma oficial uma audiência com ela, mas que não obtiveram resposta. “A gente indaga que desde 2015 não tem uma equipe competente pra poder planejar para que façam o enquadramento desses trabalhadores? A equipe de planejamento não conseguiu ainda fazer um planejamento pra superar essa questão da LRF? Ela está fazendo igual o governador Mauro Mendes está fazendo com os servidores da educação, colocando a LRF e isso não é verdadeiro, a gente sabe que não é verdadeiro”, conclui.
 
Indicativo de greve

“A greve não esta descartada, fizemos uma assembleia geral da nossa categoria da educação e nós já deliberamos que depois do recesso de julho nós faremos uma nova assembleia geral onde será deliberado se vamos entrar em greve ou não, principalmente da questão do enquadramento e da reposição salarial para os técnicos”, afirma o presidente.
 
Nota da prefeitura

As Secretarias de Comunicação Social e de Educação, Cultura, Esportes e Lazer, ambas de Várzea Grande, em relação ao pedido de resposta as manifestações dos profissionais da Educação esclarece:
 
Neste ano de 2019, todos os professores da Rede Pública Municipal já obtiveram a correção dos seus salários segundo índice estabelecido através do Piso Nacional dos Professores;
 
Também já foram concedidos o primeiro rol de enquadramento através da elevação de um nível, para os profissionais da Educação e da Saúde de Várzea Grande.
 
Os enquadramentos seguem estudo técnico e analise de situação financeira do Tesouro Municipal, sempre pautando pelos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF;
 
No mês de julho, novos profissionais da estrutura de carreira de Várzea Grande serão enquadrados em um nível. O mesmo acontecerá nos meses de agosto e setembro, quando todos os servidores concursados do município estarão com um nível a mais em suas carreiras concedidos.
 
As referidas secretarias municipais lembrando que desde 2015 quando a atual gestão assumiu a Prefeitura de Várzea Grande, as perdas inflacionárias e vantagens foram concedidas, mas respeitando os limites de gastos impostos pela legislação em vigor, lembrando que nos últimos anos foram contratados diversos empréstimos para execução de obras que estariam impedidos de serem contratados caso o Tesouro Municipal não respeitasse os limites da LRF.

 
Imprimir