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Após depoimento de PMs, procurador-geral aceita ir à AL prestar esclarecimentos sobre 'grampos'

Da Redação - Vinicius Mendes / Da Reportagem Local - Carlos Dorileo

O procurador-geral de Justiça, José Antonio Borges, aceitou o convite do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (DEM), e deve comparecer à ALMT na próxima terça-feira (23) para prestar esclarecimentos sobre as medidas que tomará a respeito do suposto envolvimento de membros do Ministério Público na prática de interceptações telefônicas ilegais. A confirmação foi dada por Botelho na manhã desta quinta-feira (18).
 
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Um grupo de deputados informou ao presidente da ALMT a intenção de requerer a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o envolvimento de membros do Ministério Público na chamada ‘Grampolândia Pantaneira’.
 
“Existe sim este sentimento, com tudo o que foi declarado, especialmente de alguns deputados, mas nós pedimos prudência, que vamos esperar para conversar com o procurador-geral, para ele explicar as providências que ele está tomando, para os deputados terem ciência de mais depoimentos e depois ver se há realmente esta necessidade”, disse Botelho.
 
Após o chefe do Legislativo pedir cautela aos parlamentares, ele convidou o procurador-geral de Justiça, José Antonio Borges, para ir até a Casa de Leis prestar esclarecimentos. Segundo o deputado o convite foi aceito.
 
“Ele já foi convidado e ele já concordou e já aceitou o rito, vai vir aqui na próxima terça no colégio de lideres e vai colocar a posição dele, posição do Ministério Público como um todo, e mostrar para os deputados as providências que ele tomou lá
 
Botelho ainda disse reconhecer que o possível envolvimento de promotores do Gaeco em esquemas de interceptações telefônicas ilegais não representa toda a organização, mas sim o suposto interesse individual de tais membros do MP.
 
“Não é o Ministério Público como um todo, mas sim alguns promotores, pelo menos é o que estão dizendo aí, especialmente aqueles que estavam no Gaeco, que agiram de uma forma mais individual, no sentido de aparecer, de querer estar na mídia. E eu não sei qual era o interesse deles, se era político ou o que era, mas parece que teve isso e para isso eles fizeram de tudo, usaram grampo, usaram tudo”, disse o deputado.
 
Depoimentos
 
Na terça-feira (16) foram reinterrogados o ex-comandante da Polícia Militar de Mato Grosso, Zaqueu Barbosa, e o coronel Evandro Lesco. Os dois confessaram crimes na chamada ‘Grampolândia Pantaneira’, com o envolvimento de membros do Ministério Público e políticos, entre eles Pedro Taques e Paulo Taques.
 
Os depoimentos seguiram nesta quarta-feira (17), quando o juiz da Décima Primeira Vara Criminal Especializada em Justiça Militar de Cuiabá, Marcos Faleiros, e os juízes militares ouviram o cabo da Polícia Militar Gerson Corrêa Júnior, que citou nomes de mais promotores que atuavam no Gaeco e teriam ordenado a inserção de números de telefone por meio de barriga de aluguel no sistema de interceptação telefônica.
 
Veja os depoimentos na íntegra de Zaqueu e Lesco e de Gerson.
 
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