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Deputado promete derrubar novo decreto de calamidade editado por Mauro Mendes

Da Reportagem Local - Carlos Gustavo Dorileo/Da Redação - Érika Oliveira

O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) afirmou que irá apresentar um Decreto Legislativo para suspender a reedição do decreto de calamidade financeira estabelecida pelo governador Mauro Mendes (DEM). O petista relembrou a rejeição da decretação inicial, por parte do Ministério da Economia, e rebateu que o “discurso de estado de calamidade” não se sustenta mais, tendo em vista a melhora nas contas do Estado.

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“Eu vou apresentar um projeto de decreto legislativo para sustar esse decreto, porque não tem sustentação nenhuma esse decreto de calamidade financeira mais. Já não tinha desde o início, mas como era início de governo houve toda uma sensibilidade em acolher a leitura que o Governo vinha fazendo, mas não há porque manter”, declarou Lúdio Cabral.

Conforme o Regimento Interno da Assembleia Legislativa, o Decreto Legislativo tem status de lei ordinária e não precisa da sanção governamental. O recurso pode ser utilizado para sustar atos normativos do Executivo.

No final do mês passado, o governador assumiu a melhora das contas do Estado e afirmou que o Governo tinha saído do patamar de calamidade. Na ocasião, disse que ainda analisava a pertinência da renovação do decreto, mas esta semana alegou défict de R$ 2,25 bilhões e prorrogou a decretação por mais 120 dias.

Mendes definiu o estado de calamidade em janeiro, após se reunir, em Brasília, com o ministro da Economia, Paulo Guedes. O decreto de Mendes foi aprovado pela Assembleia Legislativa no mesmo mês, mas já em maio o próprio Ministério da Economia anunciou que o entendimento do Tesouro era de que a decretação de calamidade financeira não abria aos governadores a possibilidade de parcelar ou atrasar dívidas, nem suspender gastos, nem descumprir os limites da lei, justamente o que Mauro Mendes viabilizava.

Por meio de sua assessoria de imprensa, nesta quarta-feira (17), Mendes justificou que, apesar dos inúmeros esforços realizados neste primeiro semestre, ainda é necessária a continuidade das medidas de controle, pois a atual gestão recebeu o Estado com dividas bilionárias.

“Nestes primeiros seis meses, conseguimos grandes avanços. Diminuímos valores de contratos, renegociamos dívidas de modo a conseguir manter a prestação de serviços na Saúde, Educação e Segurança e enxugamos cargos comissionados e contratados. Regularizamos os repasses aos municípios, à Saúde, ao Fundeb. Apertamos os cintos, mas esse esforço precisa continuar”, declarou.
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