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Em sua primeira avaliação de contas, Maluf defende gestão Taques e lembra pagamento de RGA

Da Redação - Érika Oliveira

Filiado ao PSDB durante toda a sua carreira política, o agora conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, ex-deputado Guilherme Maluf, fez sua primeira apreciação de contas de Governo na noite de terça-feira (06). Por coincidência, o alvo do processo era seu ex-correligionário, Pedro Taques (PSDB). Durante o voto, sobraram elogios à gestão do ex-governador. O conselheiro ainda fez questão de ressaltar que, apesar das dificuldades enfrentadas, Taques pagou RGA aos servidores públicos.

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“As dificuldades foram muito grandes, os estados não conseguiram honrar com seus salários, mas o governador [Taques] conseguiu, inclusive, honrar com a RGA. Parcelado, mas honrou. Eu não poderia deixar de fazer esse depoimento”, declarou Guilherme Maluf, ao votar de modo favorável à aprovação das contas de Taques.

Maluf lembrou, ainda, que presidiu a Assembleia Legislativa durante a gestão do ex-governador e ressaltou que, além da crise financeira vivida em todo o país, na época, Taques assumiu o Executivo em meio às prisões de Silval Barbosa e José Riva.

“Eu queria dizer de forma coloquial, até pela falta de experiência que tenho, é a primeira vez que voto uma conta de Governo, mas quero ressaltar e ratificar as dificuldades que o governador Pedro Taques encontrou nesse Estado quando assumiu o Governo. Na época eu ocupava o cargo de presidente da Assembleia Legislativa. Além do ambiente externo – Brasília, o país acabou passando por um impeachment e quase chegou a um segundo, o que não tenho dúvida nenhuma se traduziu em diminuição das receitas para o Estado de Mato Grosso – o governador encontrou um Estado em que havia uma hostilidade política muito grande também”, defendeu o conselheiro.

“Na época, o ex-governador estava preso, presidente da Assembleia preso, mas as coisas funcionaram. Eu digo que funcionou porque os Poderes, apesar de algumas restrições, todos funcionavam nesses quatro anos. E Mato Grosso, apesar de todas as dificuldades foi um dos poucos que conseguiu honrar com o subsidio dos seus servidores”, acrescentou.

O Tribunal de Contas aprovou as contas de Taques por unânimidade, apesar das inúmeras irregularidades apontadas pela Secretaria de Controle Externo de Auditorias Operacionais (Secex), que deu parecer técnico contrário à aprovação, e do Ministério Público de Contas.

Em seu voto, acompanhado pelos demais, o relator do processo, conselheiro interino Isaias Lopes da Cunha, citou a ausência do recurso do Auxílio Financeiro de Fomento às Exportações (FEX), a aprovação de leis de carreira por gestores anteriores a Taques, além de frustrações de receita.

Lopes da Cunha elogiou a defesa do ex-governador, que foi pessoalmente fazer a sustentação oral no TCE, e fez uma série de recomendações para que Mauro Mendes mantenha medidas de austeridade.
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