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Agentes fazem ‘limpa’ e retiram TVs, ventiladores e outros materiais da PCE; presos se ‘revoltam’

Da Redação - Wesley Santiago

Agentes penitenciários deram início, nesta terça-feira (13), a uma operação intensiva de revista geral na carceragem da Penitenciária Central do Estado (PCE), localizada em Cuiabá, com o objetivo de fortalecer as ações de enfrentamento a crimes que possam ser cometidos dentro da unidade penal, além de se antecipar a possíveis atos delituosos. Os presos acabaram fazendo bastante barulho no local, o que causou apreensão de familiares, já que as visitas foram suspensas.

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Entre os materiais em excesso que estão sendo retirados, segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindspen), estão televisores, ventiladores, prestobarba, sanduicheiras e outros eletrodomésticos. “É uma limpa. O excesso atrapalha o trabalho de revista dentro da unidade. É até uma questão de saúde, temos um número alarmante de doenças infectos contagiosas”, disse a presidente do Sindspen, Jacira Maria da Costa.
 
A operação teve início às 9h desta terça-feira com revista minuciosa em todos os raios e celas da unidade prisional. Serão verificadas também as condições estruturais da área da carceragem e feita a retirada de produtos que estão em desconformidade com o Manual de Procedimento Operacional Padrão do Sistema Penitenciário
 
Após a revista geral será iniciada a reforma nas celas dos raios 1,2,3 e 4. A operação é conduzida pela equipe da direção da penitenciária e conta com apoio de servidores de outras unidades qualificados para atuação em recinto carcerário, como contenção e intervenção.
 
“Nosso objetivo maior é garantir a segurança da unidade, de acordo com a legalidade devida, frustrando qualquer tentativa que possa afetar a segurança da unidade prisional e criar oportunidades de prática delituosa”, destacou o secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante.
 
Durante esta semana estão suspensas as visitas aos reeducandos, assim como o atendimento a advogados e defensores públicos. Apenas as escoltas emergenciais, em caso de saúde, serão realizadas.
 
A secretaria esclarece ainda que não houve intercorrência nas atividades de revista e tampouco foram registradas agressões ou morte. Mais cedo, familiares começaram a se desesperar após boatos de que poderia ter havido um princípio de motim dentro da unidade.
 
Segundo a presidente do Sindspen, os presos acabaram se 'revoltando' por conta da limpeza e fizeram bastante barulho batendo nas grades. Este também foi um dos fatos que chamou a atenção de familiares.
 
Não há, por enquanto, registro de apreensão de materiais ilícitos, como celulares e entorpecentes. Um balanço parcial do que foi retirado das celas será divulgado posteriormente. A operação é realizada apenas na Penitenciária Central do Estado, não sendo estendida e nenhuma outra unidade no interior ou mesmo na Capital.
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