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Niuan comunica Fávaro sobre propostas para mudar de partido e avalia relação com Emanuel Pinheiro

Da Redação - Érika Oliveira

O vice-prefeito de Cuiabá, Niuan Ribeiro (PSD), conversou oficialmente com o presidente de seu partido, o ex-vice-governador Carlos Fávaro, sobre a sua saída da sigla. O diálogo, segundo Niuan, ocorreu por telefone e foi motivado pelo avanço nas negociações com outros partidos, principalmente o Podemos, o qual deve se filiar. Ao Olhar Direto, o vice da Capital falou também sobre as divergência com o prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB).

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“Conversamos sobre o cenário político, sobre as minhas articulações... Já faziam mais de quatro meses que não conversávamos. Então, falamos sobre os projetos e oportunidades que estão se abrindo para mim. O que eu falei para ele [Favaro] é que as propostas foram muito bacanas. Eu fui para o PSD por causa dele, por causa do projeto dele – pessoa física -, porque eu acreditava nele, ele era a renovação naquele momento. Mas o projeto dele não deu certo e da mesma forma que ele está buscando o caminho dele, agora, eu também estou buscando o meu”, explicou Niuan.

Há cerca de um mês, durante a reabertura da Santa Casa, Fávaro reagiu aos, até então, boatos de desfiliação de Niuan. “Quero crer que tem espaço no partido, é importante ele ficar no partido. Mas a gente entende a movimentação política também. O PSD trabalha candidatura majoritária em Cuiabá e ele sabe disso, não só em Cuiabá como em todos os polos. É uma determinação da Executiva Nacional concorrer à majoritária em municípios com mais de 100 mil eleitores e retransmissores de televisão”, disse, na ocasião.

Niuan, no entanto, seguiu com uma agenda intensa de reuniões com partidos como Pros, Podemos, PSL e Democratas. Questionado sobre o contraste ideológico de algumas dessas legendas, o vice de Cuiabá destacou sua pretensão em construir um projeto que agregue todas as siglas.

“Eu acho que a gente tem que arrumar pontos de afinidade. Não adianta ser radical de direita, nem de esquerda, a gente tem que achar pontos de convergência. É primeiro ver o que a gente tem em comum e debater isso, deixando as diferenças de lado por um bem maior, que é Cuiabá. O objetivo é colocar todo mundo numa mesa e discutir Cuiabá, porque aí vamos ter todas as visões”, frisou.

Relação com Emanuel

Apesar de algumas trocas de farpas com Emanuel, Niuan garantiu que a relação continua harmônica. A possibilidade de encarar o atual chefe nas urnas, caso o emedebista decida disputar a reeleição, foi justificada por “divergências” de ideias dentro da gestão.

“O Emanuel sabe que eu sou um, antes de tudo, um agente político. É natural a articulação, as conversas... O Emanuel mesmo não decidiu se vai ser candidato. E se ele não for? Qual o plano B? Eu vejo muita gente querendo colocar lenha na fogueira, mas da minha parte pelo menos posso te afirmar que está tudo tranquilo. Agora, ele tem as posições dele e eu tenho as minhas. A gente não converge em tudo e é por isso que estou conversando com outras pessoas”, pontuou.
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