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Em carta, presos denunciam tortura e falta de assistência médica na PCE

Da Redação - Fabiana Mendes

Detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, denunciaram, por meio de uma carta escrita à mão, tortura supostamente cometida por parte dos agentes prisionais e falta de assistência médica. O documento, escrito em julho, possui assinaturas de 1.512 detentos. A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) informou que ainda não teve conhecimento da carta. 

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“Os agentes entram nos raios para fazer geral, chegam dando tiros, jogando bombas, spray de pimenta, agredindo presos, com essas atitudes presos caem e se machucam, além de danos causados pelas balas de borracha. Teve um caso que eles mataram um preso, atiraram na nuca dele, com munição letal, onde o mesmo morreu na hora”, diz trecho da carta.

Sobre assistência médica, eles pontuam que não atende a demanda do sistema prisional. “Ou seja, por mais que os profissionais da saúde se esforcem, eles não conseguem atender 10% dos que necessitam de atendimento. Pior de tudo é que proibiram receitas particulares, com isso tem preso morrendo dentro do presídio, não tem remédio”, acrescenta o documento.

Ao Olhar Direto, a assessoria do Tribunal de Justiça informou que o juiz da Vara de Execuções Penais, Geraldo Fidelis, encaminhou a denúncia para apuração por parte do Ministério Público.

Em trecho da carta, detentos denunciam maus tratos dentro da PCE — Foto: Reprodução

Em carta, presos denunciam precariedade nos atendimentos de médicos — Foto: Reprodução
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