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Notícias / Cidades

Gaeco prende sargento da PM acusado de acobertar grupo de extermínio

Da Redação - Thaís Fávaro

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) cumpriu na manhã deste sábado (24), o mandado de prisão preventiva contra o sargento da Polícia Militar Berison Costa e Silva, por suposto envolvimento em fraudes de documentos e sistemas de informação para acobertar a ação de um suposto grupo de extermínio desvendado na “Operação Mercenários”.

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Na quarta-feira (21), a Promotoria Militar, em conjunto com o GAECO – força tarefa composta pela Policia Militar, Civil e Ministério Público, e a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deflagraram, respectivamente, a “Operação Coverage” (palavra em latim que significa Cobertura), e a 3ª fase da “Operação Mercenários”.

Na operação da DHPP foram cumpridos 3 mandados de prisão preventiva contra o Tenente Cleber de Souza Ferreira e 2 mandados de prisão preventiva contra Claudiomar Garcia de Carvalho, por crimes de homicídios qualificados em atividade típica de grupo de extermínio – Mercenários.

A operação do GAECO visou cumprir mandados de prisão preventiva, busca e apreensão domiciliar e pessoal contra os policiais militares 2º Ten PM Cleber de Souza Ferreira, Ten PM Thiago Satiro Albino, Ten Cel PM Marcos Eduardo Ticianel Paccola e Ten Cel PM Sada Ribeiro Parreira, por crimes de organização criminosa armada, obstrução de justiça, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informação.

De acordo com a investigação realizada pela Promotoria Militar com o apoio do GAECO, a partir de provas compartilhadas pela Polícia Civil, devidamente autorizada pelo Poder Judiciário, exame balístico comprovou que uma pistola tipo Glock, 9 mm, pertencente ao tenente Cleber de Souza Ferreira foi utilizada em 7 crimes de homicídio (4 tentados e 3 consumados) praticados pelo grupo de extermínio denominado Mercenários.

Conforme as investigações, com a finalidade de obstruir as investigações relacionadas aos referidos homicídios, os policiais militares articularam a alteração do registro da arma de fogo, mediante falsificação documental e inserção de dados falsos em sistema da Polícia Militar, tudo para ocultar que na data dos 7 crimes de homicídios a pistola já estava em poder do tenente Cleber de Souza Ferreira.
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