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Câmara mantém pagamento de advogados com fundo partidário e exclui redistribuição de verba devolvida

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

A Câmara dos Deputados terminou de votar, nesta quarta-feira (4) a proposta que traz novas regras para aplicação e fiscalização do Fundo Partidário. A partir de agora, se o projeto for aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente da República, os partidos terão liberdade para pagar advogados em processos envolvendo seus filiados e comprar imóveis usando dinheiro público.

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No texto-base aprovado por 263 votos a 144 na última terça-feira (3), que contou com o apoio dos quatros parlamentares mato-grossenses presentes no Plenário, previa que os recursos do fundo não utilizado pelos partidos seriam redistribuídos pelos outras siglas.

Por Mato Grosso, os deputados federais Leonardo Albuquerque (SD), Emanuelzinho (PTB), Juarez Costa (MDB) e Rosa Neide (PT) votaram a favor da proposta. Já Carlos Bezerra (MDB), Neri Geller (PP), José Medeiros (Pode) e Nelson Barbudo (PSL) estavam ausentes.

O Partido Novo, único que não utiliza verba pública para bancar suas campanhas, se queixou e o artigo foi alterado, para que o recurso não utilizado retorne ao Tesouro.

O uso do dinheiro do fundo para pagar advogados defender políticos envolvidos em crimes eleitorais, uma das mudanças mais polêmicas, foi mantida na proposta que seguirá para o Senado.

A atuação dos deputados mato-grossenses durante a votação do projeto foi duramente criticada por líderes do Partido Novo do Estado, como o presidente Anderson Iglesias, que classificou o episódio como uma vitória da ‘velha política’.

“A velha política se articulou e conseguiu mais uma vez prejudicar ainda mais o cidadão pagador de impostos”, disse.
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