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Prefeito critica falta de diálogo com comissão do VLT e diz que obra não sairá do papel sem ser ouvido

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) criticou a falta de representatividade de Cuiabá na comissão do Governo criada pelo Governo do Estado para estudar a viabilidade e solução para o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), obra que está paralisada desde 2014 e corta tanto a Capital, quanto Várzea Grande. Segundo o chefe do Executivo municipal, nenhum projeto será realizado sem a autorização da prefeitura.

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“Onde Cuiabá não tem assento, eu não acredito em nada. Cuiabá não tem assento nesta comissão. Se Cuiabá não participa eu não acredito. Cuiabá precisa ser ouvido. Se Cuiabá não for ouvido, não vai acontecer. Ninguém vai entrar arrebentando Cuiabá sem ouvir a população cuiabana. Cuiabá tem que participar, tem que ser ouvida e tem que opinar. Temos técnicos competentes, esta obra vai atender a população cuiabana e Cuiabá tem um gestor, que precisa ser ouvido. A mesma impressão eu tenho em relação a Várzea Grande”, disse o prefeito nesta quinta-feira (6).

O emedebista ainda recordou os estragos que sua gestão está precisando reparar, por conta das obras inacabadas do VLT e garantiu que se não for ouvido, o assunto discutido na comissão, não irá valer nada.

“Nada irá acontecer sem que Cuiabá autorize o processo. Veja o que aconteceu no passado, tivemos que corrigir inúmeras agressões ao desenvolvimento urbano da capital, porque entraram aqui de qualquer maneira, arrebentando a cidade, com os canteiros centrais, com nossa malha viária. Cuiabá ficou um caos e agora estamos recuperando. A responsabilidade é do Estado de desatar este nó e eu quero que faça, mas Cuiabá tem que ser ouvido e aprovar aquilo que foi decidido”, afirmou.

O governo de Mato Grosso anunciou no mês de julho a criação de uma comissão com em conjunto com a Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana para estudar a viabilidade e solução para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

Para compor a comissão, o governador Mauro Mendes (DEM) designou os secretários Marcelo Oliveira (Infraestrutura), Rogério Gallo (Fazenda), Emerson Hideki Hayashida (Controladoria Geral), o procurador Lucas Schiwinden Dallamico (representando a Procuradoria-Geral do Estado) e Carlos Fávaro (Escritório de Representações).

As obras do VLT tiveram início em 2012 pelo consórcio VLT Cuiabá Várzea Grande, com um custo inicial de R$ 1,4 bilhão, com o prazo de entrega no dia 13 de março de 2014, receber os turistas que vieram para Capital na Copa do Mundo em julho do mesmo ano.

A obra, no entanto, já consumiu R$ 1 bilhão dos cofres públicos, mas até hoje, cinco anos depois, ainda não saiu do papel.
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