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Mauro diz que empréstimo não garante 13º: alivia o caixa, mas não é suficiente

Do Local - Vinicius Mendes / Da Redação - Érika Oliveira

A assinatura do empréstimo de US$ 250 milhões junto ao Banco Mundial (Bird) trouxe um alívio para o Governo do Estado, mas não deverá resultar em vantagens imediatas aos servidores, que seguem recebendo seus salários de maneira escalonada. De acordo com o governador Mauro Mendes (DEM), a contribuição virá a médio e longo prazo e a economia gerada este ano não será suficiente para cobrir o pagamento do 13º salário, cuja folha é de cerca de R$ 500 milhões.

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“Esse empréstimo é para quitar uma divida que Mato Grosso já tem, que foi contraída em 2003 nas chamadas obras da Copa. Esse empréstimo era de curto prazo, nós íamos pagar R$ 300 milhões por ano e agora vamos pagar R$ 60 milhões por ano. Ele alivia sim o caixa nos próximos anos, mas ele não é suficiente. O alivio que ele dá agora, neste ano, será de menos de R$ 100 milhões e o 13º é mais de R$ 500 milhões. Claro que ajuda, mas a contribuição é maior no médio e longo prazo”, explicou o governador, na manhã deste sábado (07).

O contrato com o Bird foi assinado nesta sexta-feira (06), após uma verdadeira maratona – que se estendeu pelos últimos 8 meses – em busca dos recursos. O valor, US$ 250 milhões, será usado para quitar outra dívida, com o Bank of America.

A quitação desse empréstimo é uma das metas do Governo na busca pelo equilíbrio fiscal de Mato Grosso. O valor desembolsado em duas parcelas anuais é elevado e compromete as finanças. As parcelas a serem pagas pelo Estado, a partir de agora, serão mensais e com juros menores do que os praticados pelo atual contrato.

No mês passado, durante reunião com o Fórum Sindical, que representa os servidores do Estado, Mauro Mendes mostrou informações financeiras projetadas para o mês de setembro e garantiu que seria possível cumprir os compromissos com os servidores, caso todas as medidas tomadas, como a arrecadação prevista com a reforma fiscal aprovada pelo Legislativo, a possível chegada dos recursos do Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX) e a concretização do empréstimo com o Bird, se concretizem.
 
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