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Comunidade Acadêmica pede que reitora revogue racionamento e discuta medidas em assembleia

Da Reportagem Local - Carlos Dorileo / Da Redação - Isabela Mercuri

Integrantes da comunidade acadêmica da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realizaram, na manhã desta terça-feira (10), um ato na reitoria, pedindo a retirada imediata do Ofício nº 10/2019, que determina o racionamento de gastos. Segundo a Adufmat, a medida foi tomada de forma unilateral, e, da forma que foi feita, compactua com as atitudes do ministro da educação, Abraham Weintraub. A reitora Myriam Serra disse que estava em uma consulta médica, e não compareceu. 

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“É claro que todo mundo é favorável à contenção de despesas, desde que elas sejam estudadas e combinadas com a comunidade acadêmica”, afirmou Aldir Nestor, diretor geral da ADUFMAT, ao Olhar Direto. Para ele, o problema é que as medidas foram tomadas em um momento em que há “(...) cortes feitos pelo Ministério da Educação, e que o dinheiro da educação - como assumiu o ministro publicamente - um bilhão, foi para pagar emendas parlamentares. Então qual é a leitura? A leitura é de como se estivesse concordando com a atitude do ministro, esse que é o problema”.

Segundo o diretor, a intenção é que seja realizada uma assembléia com toda a comunidade e, ali, seja discutido o racionamento. “Se essa assembléia for marcada, todas as entidades que compõem essa universidade terão espaço para voz, para voto, vão poder se manifestar, vão poder apreciar o que está sendo dito e tomar um rumo que seja diante da comunidade acadêmica”. Institucionalmente, somente a reitora ou o Conselho Universitário podem convocar uma assembléia.

Outra reivindicação da Adufmat é a reprovação do ‘Future-se’, o que, segundo Aldir, seria “o fim da universidade”. Segundo o site do Ministério da Educação (MEC), o programa busca “promover maior autonomia financeira nas universidades e institutos federais por meio de incentivo à captação de recursos próprios e ao empreendedorismo. A adesão ao Future-se é voluntária”.

Na útima quarta-feira (4), a reitora anunciou a suspensão de diversos serviços realizados dentro do campus, como limpeza, otimização nos serviços da portaria e vigilância armada, além de recesso do Restaurante Universitário nas férias e racionamento de energia elétrica em alguns setores da universidade. As medidas emergenciais foram tomadas após o anúncio do governo sobre o contingenciamento de 30% dos recursos financeiros repassados para a universidade.

Como a reitora estava ausente, a reunião foi feita somente com a presença de alguns pró-reitores. Um próximo encontro foi marcado para quinta-feira (12), em um horário que for possível para Myriam.  
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