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Notícias / Cidades

Contra privatização, funcionários dos Correios entram em greve

Da Redação - Fabiana Mendes

Funcionários dos Correios entraram em greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira (11). Os ecetistas são contra a privatização da empresa, proposta pelo Governo Jair Bolsonaro e cobram negociações do Acordo Coletivo de Trabalho. Atualmente, Mato Grosso conta com 1.200 trabalhadores. 

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Presidente do Sindicato dos Correios em Mato Grosso, Edmar Leite disse ao Olhar Direto que os Correios têm sofrido com o sucateamento proposital desde os governos anteriores, para fazer a população acreditar que a privatização traria benefícios.

“Em todo pais, uma greve nacional contra a privatização dos Correios, exigindo que o Governo retire da lista da privatização, dialogando que se for privatizado, a população tampem vai perder”, afirmou. Segundo ele, desde o ano de 2011 não há concurso público para os Correios. Além disso, o número de funcionários caiu de 1.700 para 1.200.

Recentemente, o Governo Federal anunciou um plano para privatizar nove empresas estatais, inclusive os Correios. Um estudo seria elaborado para indicar se há condições de mercado para concretizar a venda das empresas públicas. 

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios (Fentect) pontua que “A truculência do general Floriano Peixoto, escolhido diretamente pelo presidente Bolsonaro para comandar os Correios no processo de privatização, já fartamente defendido por todo o Governo, não é por acaso”, diz a Federação.

Floriano assumiu a presidente em junho, em substituição de Juarez Cunha, contrário à privatização. Ainda conforme a Federação, tanto a base governista, quanto a direção dos Correios teriam interesse em usar a greve para desgastar a imagem dos trabalhadores.

“Com a ameaça de privatização, este também é o momento de discutir a importância dos Correios para a sociedade, não apenas pelos impactos causados pela paralisação, mas pela necessidade de repensar as relações de trabalho, os problemas reais do povo brasileiro como o desemprego e – principalmente – o projeto de desmonte do Estado que quer destruir o patrimônio público brasileiro”, diz o comunicado de greve.

O Sintec-MT emitiu uma carta com informações importantes para a população:

Veja a íntegra:
 
Você sabia?

1– Que os Correios estão presentes em mais de 5.200 cidades brasileiras e que somente 324 (8%) delas dão lucro? Portanto, os Correios seriam fechados em milhares de cidades não lucrativas para as empresas privadas.
2 – Que o governo federal não coloca 1 centavo nos Correios? Pelo contrário: todos os anos os Correios repassam parte do lucro ao governo.
3 – Que o Monopólio Postal é somente sobre correspondências? Nas encomendas a concorrência já é aberta e mesmo assim os Correios é líder.
 4 – Que as grandes empresas privadas repostam as encomendas nos Correios para conseguir entregar?
5 – Que serviço é bem mais caro e que o sigilo das correspondências estará em risco com as empresas privadas?
6 – Que são os Correios que entregam VACINAS, LIVROS DIDÁTICOS e PROVAS DO ENEM em todo Brasil?
 7 – Que os Correios fazem ágeis campanhas de arrecadação de LEITE MATERNO e também de DOAÇÕES DE ALIMENTOS, ROUPAS, AGASALHOS, etc... em catástrofes, como a de Brumadinho?
8 – Que em muitas pequenas cidades os Correios são o único agente bancário, com o Banco Postal? carão desempregados?
9 - Que mais de 100 mil pais e mães de família  
10 – Que Paulo Guedes, Ministro da Economia, que quer entregar os Correios está sendo investigado por desvios no Postalis, o fundo de pensão dos funcionários?
 
DIGA NÃO À PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS, pois os trabalhadores e a população saíram perdendo! Empresa privada só visa o LUCRO pelo LUCRO! Nos últimos anos os governos derrubaram a qualidade do serviço de propósito para forçar a privatização: NÃO HÁ CONCURSOS PÚBLICOS DESDE 2011 e foi retirado o transporte aéreo, hoje é tudo por carreta. Por isso, o SEDEX que chegava no dia cientes para manter a entrega em dias.seguinte agora demora 5, 10 dias e não tem funcionários suficientes para manter a entrega em dias.

 
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