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Selma recebe apoio de movimento social e de senador após parecer da PGR

Da Redação - Vinicius Mendes

Parlamentares e integrantes de movimentos sociais têm se manifestado em apoio à senadora Selma Arruda (PSL), diante da repercussão da notícia sobre a celeridade na apresentação de parecer favorável à cassação da senadora pela Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, em apenas 7 horas, contando que foi intimada às 8h47 e juntou no sistema sua manifestação às 15h42. Selma citou a possível relação do parecer com a assinatura dela ao requerimento da CPI da Lava Toga.
 
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O senador Lasier Martins (PODEMOS-RS) publicou hoje em seu Instagram uma mensagem elogiando a postura da senadora. “Alvo de um comportamento lastimável, a senadora Juíza Selma manteve-se firme e fiel aos seus princípios. Enquanto isso, incontáveis políticos com processos semelhantes ou piores, há anos, não sofrem ameaças de julgamento. Nossa colega do #MudaSenado merece, pois, o apoio do grupo nesse momento de fortes pressões. Que tenha o justo direito de defesa contra as acusações dirigidas a ela na justiça eleitoral”.
 
O movimento “Vem Pra Rua” postou ontem à noite uma imagem que relaciona o fato ocorrido com o caso do senador Renan Calheiros que levou quatro anos para ser arquivado, enquanto Dodge levou menos de um dia para pedir a cassação da senadora que assinou a Lava Toga.

Kajuru

O senador Jorge Kajuru também saiu em defesa de Selma em um duro discurso no senado contra Raquel Dodge. Veja abaixo:

 
O parecer
 
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu, em parecer publicado nesta terça-feira (10) que novas eleições sejam realizadas caso o TSE mantenha a cassação por caixa 2 e abuso de poder econômico. O terceiro colocado na disputa pelo Senado, ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD), tenta assumir a vaga imediatamente caso a cassação seja concretizada.
 
"O recurso ordinário interposto por Carlos Henrique Baqueta Fávaro, Diretório Estadual do Partido Social Democrático, Geral de Souza Macedo e José Esteves de Lacerda Filho deve ser parcialmente conhecido e, nessa parte, desprovido", diz trecho do parecer.
 
O parecer também diz que Selma, assim como seus suplentes tiveram uma eleição paralela não contabilizada, muito próximo da campanha oficial. "Nesse contexto, inegável que a conduta descortinada comprometeu a normalidade, a legitimidade e o equilíbrio do pleito, razão pela qual revela-se irretocável a conclusão à qual chegou a Corte Regional".
 
A senadora está tentando desde que foi cassada por unanimidade pelo TRE em abril, se manter no cargo com um recurso no TSE. O ministro Og Fernades, relator do recurso de Selma irá examinar o pedido de sua defesa e o parecer de Dodge.
 
Selma Arruda, eleita como a candidata mais votada em 2018, com quase 700 mil votos, foi cassada por unanimidade após pouco mais de dois meses no mandato, pelo TRE. Ela está sendo acusada de omitir da Justiça uma despesa de R$ 1,2 milhão durante a campanha sua, o que configura abuso de poder econômico e caixa 2.
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