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Após Feldner, Stringueta pode retornar às investigações da grampolândia pantaneira

Da Redação - Wesley Santiago

O delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Flavio Stringueta, poderá retornar às investigações da grampolândia pantaneira, como ficou conhecido o caso de interceptações ilegais realizadas em Mato Grosso com objetivo político. O retorno dele seria uma pretensão da delegada Ana Cristina Feldner, que assumiu como coordenadora do inquérito.

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Segundo o apurado pela reportagem, Ana Cristina Feldner teria conversado com Stringueta para um possível retorno dele às investigações. Vale lembrar que os dois trabalharam juntos na primeira fase do inquérito e possuem conhecimento profundo de todas as etapas e dos documentos obtidos até aquele ponto.
 
Olhar Direto apurou que uma definição sobre o caso deverá primeiro passar pela diretoria da Polícia Civil, que avaliará a solicitação de Ana Cristina Feldner. Porém, pessoas próximas à Flavio Stringueta apontam que algumas condições seriam necessárias para seu retorno. Uma delas seria a permanência na titularidade da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que vem apresentando resultados bastantes satisfatórios.
 
Em seu retorno à GCCO, a unidade realizou a prisão do ex-comendador João Arcanjo Ribeiro, acusado de continuar a comandar o jogo do bicho após a sua soltura. O empresário continua detido, em razão das acusações que pesam contra ele.
 
O delegado Rafael Mendes Scatolon fazia parte da equipe que conduzia as investigações sobre o esquema de interceptações telefônicas ilegais em Mato Grosso, mas acabou sendo retirado do caso no mês passado, segundo o diretor da PJC, para que não “houvesse nenhum tipo de prejuízo à imagem dos delegados”. A decisão veio após circulação de uma foto onde Scatolon aparece junto a outro delegado que pode ser indiciado, o ex-secretário Gustavo Garcia.
 
As investigações continuaram apenas com as delegadas que já faziam parte da equipe, Luciana Batista Canaverde e Jannira Laranjeira Siqueira Campos.
 
Grampos
 
Reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, revelou na noite de 14 de maio que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime.
 
A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”. 
 
O esquema de “arapongagem” já havia vazado na imprensa local após o início da apuração de Fantástico.
 
Barriga de aluguel
 
Os grampos foram conseguidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.
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