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Garimpeiro morto durante operação da Polícia Federal tinha duas espingardas guardadas em barraco

Da Redação - José Lucas Salvani

O garimpeiro morto durante ação da Polícia Federal (PF) em um garimpo ilegal, na última segunda-feira (7), tinha duas espingardas guardadas em seu barraco. O local foi alvo da “Operação Trype”.

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A informação é do Grupo de Atuação em Perícias Especiais (Gape) da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que foi enviado para para a Serra de Santo Expedito, a 13 km da cidade de Aripuanã (a 1.200 km de Cuiabá), onde a PF atua em conjunto com a forças de segurança do estado de Mato Grosso. A equipe da Gape é composta por dois peritos oficiais criminais e um papiloscopista.

Aos peritos coube a realização de análise em armas de fogo e nos materiais apreendidos, e no local onde ocorreu a morte de um garimpeiro durante o confronto. O papiloscopista realizou a identificação da vítima, cujo corpo foi periciado por um médico legista e liberado posteriormente.

No barraco dele foram encontradas duas espingardas cartucheiras, uma de cano longo e outra de cano curto, de calibre não identificado. Além disso, havia invólucros de pólvora, chumbo, pote com espoleta, cartuchos intactos e outros deflagrados, além de dois invólucros de quantidade não especificada de substância semelhante a ouro. As armas e projéteis coletados no local serão submetidos ao confronto balístico. 

Operação Trype

A operação, que conta com 160 policiais e servidores da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), visa encerrar as atividades de um garimpo ilegal localizado na cidade de Aripuanã que está causando impacto ambiental e devastação social na cidade.

O índice de homicídios, tráfico de drogas e prostituição aumentou na região por conta o garimpo ilegal. Imagens divulgadas pela PF mostram que o espaço havia se tornado uma “minicidade”.

A operação foi deflagrada após dois suspeitos, identificados como R.R.L., 34 anos, e W.B.F., 33 anos, serem presos em um aeroporto na zona rural da cidade, em junho deste ano. Foram apreendidos 6,5 kg de ouro avaliados em R$ 7 milhões, além duas pistolas (9mm e 635) com seus respectivos carregadores e 27 munições intactas.

Em depoimento, R.R.L. confessou ser dono do outro e disse que estava aguardando a aeronave que levaria o ouro, mas não fez referência ao avião que havia pousado minutos antes e levantado voo.

A primeira fase da operação foi deflagrada no dia 26 de setembro, com o objetivo de investigar irregularidades na extração de ouro em garimpos de Mato Grosso. Foram cumpridos mandados de prisão em Juína, Aripuanã, Alta Floresta e Paranaíta.

“Minicidade”

Em imagens divulgadas pela PF, pode-se notar que o garimpo havia se transformado em uma “minicidade”. Gravadas através do helicóptero que dá apoio na ação, as imagens mostram que há vários pequenos imóveis espalhados ao longo da região.
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