Imprimir

Notícias / Política MT

Com 18 assinaturas, deputado apresenta requerimento para abrir CPI da Energisa

Da Redação - Isabela Mercuri

O deputado estadual Elizeu Nascimento (DC) apresentou um requerimento para abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades da empresa Concessionária de Energia Elétrica de Mato Grosso Energisa S/A, em sessão ordinária nesta terça-feira (8), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Até o momento, dezoito parlamentares já assinaram o documento – o mínimo para abrir a CPI são oito assinaturas.

Leia também:
Empresário que criou petição para CPI da Energisa alega que medidores não têm fiscalização

As investigações serão sobre o aumento abusivo nas contas de energia elétrica nos municípios do estado de Mato Grosso, bem como o enxugamento nos quadros de funcionários e a má prestação dos serviços concessionados.

Para Elizeu, a instalação da CPI é justificável, devido ao grande o número de pessoas reclamando dos serviços prestados pela empresa. A Energisa lidera o ranking de reclamações no Procon. Além disso, existe uma petição pública de abaixo-assinado nas redes sociais, encabeçada por Lucas Barroso, com mais de 9 mil  assinaturas, solicitando a instalação da CPI.

No próximo dia 15 de outubro, será realizada uma audiência na Assembléia Legislativa para debater os serviços oferecidos pela Energisa. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de Mato Grosso (STIU-MT), muitas vezes os trabalhadores têm sofrido violência física e moral, como se fossem os responsáveis pela precarização dos serviços e a prática de preços muito acima da inflação.

Também na última terça-feira (8), o Sindicato manifestou apoio à audiência. A categoria cita a discrepância entre o lucro líquido de R$ 712 milhões desde que a empresa começou a atuar e as condições precárias de serviços dos funcionários, além da diminuição de pessoal.

Em outubro, o sindicato entregou carta questionando a precarização da qualidade dos serviços de distribuição de energia elétrica, causadas pela redução da Força de Trabalho e devido às práticas da administração da Empresa, enquanto que a conta de energia elétrica, entre os anos de 2014 a 2019, sofreu reajuste de 65,76% e a inflação foi de 29,59%, portanto, 36,17% acima da inflação.
Imprimir