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Mato Grosso tem média de dois ataques a banco por semana em 2019; Cuiabá é a mais visada

Da Redação - Wesley Santiago

Dados divulgados pela Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) apontam que Mato Grosso teve uma média de dois ataques a banco por semana até setembro deste ano. Apesar do número alarmante, houve redução pela metade neste tipo de ocorrência. Cuiabá é a cidade com o maior número de roubos e furtos.

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No total, de janeiro a setembro de 2019, foram 70 ocorrências de roubos, contra 141 no mesmo período de 2018. O resultado, segundo a secretaria, é reflexo do trabalho de inteligência e da integração entre as polícias Militar e Judiciária Civil, que têm intensificado as ações de prevenção e combate à pratica criminosa nos 141 municípios.
 
A estatística que obteve a maior redução foi o furto tentado, que neste ano registrou 38 ocorrências, contra 79 de 2018. Em relação ao furto consumado, foram 28 casos este ano e 54 no ano passado – 26 ocorrências a menos.
 
Os dados da Sesp também informam o modo de ação dos criminosos. Em 34 das 70 ocorrências registradas neste ano (49%), os assaltantes tentaram entrar nas agências quebrando as paredes. Em 29 ocorrências (41%), a ação criminosa ocorreu direto nos caixas eletrônicos. Os 10% restantes são de casos em que os criminosos entraram na agência de outras maneiras.
 
Os dados traçam ainda o dia da semana com a maior incidência do crime e o horário. As madrugadas registraram 47 ocorrências e os dias de maior incidência são os domingos, segundas e quartas-feiras. Foram registradas ocorrências de roubos ou furtos a banco em 25 cidades. Cuiabá é a cidade com mais ocorrências, 36, seguida por Várzea Grande, com seis.
 
O delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Flávio Stringueta, destacou que tem intensificado as investigações e o trabalho integrado junto a Polícia Federal para coibir a prática de furtos a estabelecimentos bancários.
 
“Podemos associar a redução com o trabalho investigativo e de campo entre as equipes do GCCO e os agentes federais”.
 
Ele acrescentou ainda que a queda dos números pode estar relacionada a migração para outro crime: o roubo e furto de defensivos agrícolas.
 
O comandante-geral da PM, coronel Jonildo José de Assis destacou o trabalho de planejamento desenvolvido juntos aos Comandos Regionais em todo Estado. Frisou ainda as unidades especializadas como Rotam, Bope, Força Tática, além do policiamento que desenvolve diariamente as ações ostensivas nas áreas onde estão as agências bancarias.
 
“Trabalhamos com medidas operacionais com objetivo de equacionar e unir força. Vamos continuar no mesmo ritmo até o final do ano”.
 
O coronel frisou ainda as rondas ostensivas. “Parte das ocorrências foram tentativas de roubos ofuscadas pela atuação da polícia. Analisamos os locais onde acontecem os casos e intensificamos as abordagens e policiamentos. Desta maneira, conseguimos direcionar os nossos policiais de forma mais técnica para o trabalho”, concluiu.
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