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Presidente da Energisa diz que MT está na 23ª posição de ranking das tarifas mais caras do país

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

Em audiência pública para debater a qualidade dos serviços prestados pela concessionária de fornecimento de energia elétrica, realizada na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (15), o presidente da empresa de distribuidora de Energia S.A, Riberto Jose Barbanera garantiu que Mato Grosso tem uma das tarifas mais baratas do país, em comparação com os outros estados.

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De acordo com o diretor da empresa, Mato Grosso ocupa atualmente tem uma tarifa de energia mais barata do que 22 estados em todo o Brasil, segundo ranking que ele apresentou durante a audiência, que foi solicitada pelo presidente da casa de leis, Eduardo Botelho (DEM).

“Precisamos acabar com a ideia de que Mato Grosso tem a tarifa elétrica mais cara do Brasil. Nós ocupamos hoje a 23ª posição no ranking das tarifas. Existem 22 concessionárias no país com o custo de tarifa maior do que Mato Grosso. Isso é um dado público e está lá para ser visto”, disse presidente da concessionária, que foi bastante vaiado durante seu tempo de fala.

Alvo de uma CPI, que irá investigar o aumento na tarifa da energia de Mato Grosso, o diretor-presidente também afirmou que a empresa foi pega de surpresa, mas vai prestar todos os esclarecimentos que forem solicitados pela CPI. “Não há nada a esconder pela concessionária. O Grupo Energisa está há 114 anos operando no setor elétrico brasileiro. Nenhuma empresa se sustenta por tanto tempo se não for séria”, disse.  

Em todo o Estado existem mais de 1.400 de unidades consumidoras. A Energisa está em Mato Grosso desde 2014, e nesse período de quatro anos já fez um investimento que chega a quase R$ 3 bilhões. Hoje a empresa, segundo Barbanera, tem mais de 2.500 funcionários, sem contar os terceirizados.

O deputado estadual Elizeu Nascimento (DC) apresentou no início deste mês o requerimento para abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades da concessionária, quanto ao aumento abusivo nas contas de energia elétrica nos municípios do estado, bem como o enxugamento nos quadros de funcionários e a má prestação dos serviços concessionados.

O parlamentar disse que a instalação da CPI é justificável devido ao número de pessoas que estão reclamando dos serviços prestados pela empresa, retratado em levantamentos realizados pelo Procon estadual, onde a concessionária sempre lidera o ranking de reclamações, bem como a existência de uma petição pública de abaixo-assinado nas redes sociais encabeçada pelo jovem Lucas Barroso, já com mais de 9 mil  assinaturas, solicitando a instalação da comissão para investigação da Energisa.

Com 18 assinaturas favoráveis a abertura da investigação, a Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa emitiu parecer favorável à instalação da CPI na semana passada. Na ocasião, o presidente da Casa de Leis determinou a indicação dos membros que vão compor a nova comissão, dando prazo de cinco dias para que os blocos parlamentares indiquem os integrantes do grupo.
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