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Definição sobre o VLT é prorrogada mais uma vez e novela ganha novo capítulo

Da Redação - Wesley Santiago

A já cansativa e longa novela sobre o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) vai ganhar um novo capítulo. Para a tristeza dos que acompanham a arrastada narrativa, o secretário de Infraestrutura (Sinfra), Marcelo Padeiro, revelou que houve o atraso na contratação de uma empresa que faz um estudo sobre os impactos do novo modal em Cuiabá e Várzea Grande. Sendo assim, uma definição sobre o futuro da ‘quase ultrapassada’ obra, que deveria ter ficado pronta antes do Mundial de 2014, só acontecerá em fevereiro de 2020.

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Padeiro narra que o grupo de trabalho, junto com o Governo Federal, foi estabelecido na gestão de Mauro Mendes (DEM), que havia prometido uma resolução para a novela até o fim deste ano. Porém, houve um atraso na contratação da empresa que faz o levantamento de quantas pessoas utilizavam o transporte coletivo.
 
“Por causa disto, tivemos que deixar para fevereiro. É preciso saber, antes desta definição, o número de pessoas que usam o transporte coletivo. Isto vem diminuindo cada vez mais. O que nós vemos nas ruas é moto atrás de moto e muito Uber. Muita gente não usa mais o serviço público”, disse o secretário em entrevista á Rádio Centro América FM.
 
Padeiro ainda cita quatro problemas que envolvem a trama da novela VLT, são elas: a delação do ex-governador Silval Barbosa, que confessou recebimento e pagamento de propina nas obras; denúncias dos ministérios públicos Estadual e Federal; contrato rompido com o consórcio e uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que pode recolar a mesma empresa como responsável pelo projeto.
 
“Temos um contrato judicializado. O ideal seria ter uma definição da Justiça primeiro, para depois tomarmos uma decisão. Fato é que precisamos de parceiros. Não é fácil resolver o problema. Quanto é dado de incentivo no transporte urbano de Cuiabá? Quantos milhões de reais se gasta? Entrando com um novo modal, isso vai aumentar. A integração vai gerar reflexo em todos, inclusive no operador futuro”, finalizou o secretário.

VLT
 
Iniciada em agosto de 2012 e com mais de R$ 1 bilhão já aplicados para o “novo” modal de transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande, os trilhos que guiariam o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) nos dois municípios quase não existem, e os que já foram construídos estão se deteriorando, juntamente com os vagões que estão estacionados no Centro de Controle Operacional e Manutenção, localizado em Várzea Grande e que, por curiosidade, também está se definhando por falta de manutenção.

Parada desde dezembro de 2014, o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos será composto por duas linhas (Aeroporto-CPA e Coxipó-Porto), com total de 22 km de trilhos e terá 40 composições, com 280 vagões. Cada composição tem capacidade para transportar até 400 passageiros, sendo 72 sentados.

Serão 33 estações de embarque e desembarque e três terminais de integração, localizados nas extremidades do trecho, além de uma estação diferenciada onde também poderá ser feita a integração com ônibus.

No início de agosto, o Tribunal de Justiça do Estado decidiu manter a rescisão do contrato do Governo com o consórcio VLT.
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