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Presidente do PSDB diz que partido dará “voto de confiança” a vereador acusado de assédio

Da Redação - Érika Oliveira

O presidente do PSDB em Cuiabá, vereador Ricardo Saad, afirmou que a sigla não tomará nenhuma providência, por enquanto, com relação ao seu colega de Câmara, o vereador Adevair Cabral, que foi acusado de assédio contra uma ex-servidora da Secretaria Municipal de Saúde, durante um encontro que teve com ela para tratar sobre o seu cargo e via mensagens pelo aplicativo WhatsApp. O caso veio á tona na semana passada, mas até agora nenhuma queixa foi registrada oficialmente no Legislativo.

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“Partidariamente, por enquanto, não iremos fazer nada. Até porque existe uma denúncia, mas não existe prova. Não podemos tomar uma atitude e futuramente não ter nada disso que estão falando. Não sei o que existe entre o Adevair e o Abilio, mas com relação às acusações vamos esperar algo de concreto aparecer”, disse Saad, em entrevista ao Olhar Direto.

A menção a Abílio Junior (PSC) foi feita por Saad porque nesta semana, durante sessão na Câmara, o vereador expôs o caso novamente, dizendo que foi procurado pela ex-servidora da Prefeitura, que alega ser vítima de assédio sexual. Ela teria encaminhando inclusive fotos e conversas que comprovariam a denúncia.

Na mesma sessão, Adevair chorou, negou as acusações, disse que está sendo vítima de perseguição política e que coloca seu sigilo telefônico à disposição das autoridades policiais para investigar o caso.

Suposto assédio

O vereador Adevair Cabral teria 'se masturbado' na frente da ex-servidora da Secretaria Municipal de Saúde durante um encontro que teve com ela para tratar sobre o seu cargo. A informação é da própria vítima que foi ouvida pelo Gazeta Digital na última sexta-feira (1º).

Segundo ela, após as investidas do vereador via aplicativo de Whatsapp, onde chegou a mandar uma foto no dia 23 de maio de 2017, onde aparece apenas de "samba-canção", o parlamentar decidiu convidá-la para uma reunião na Associação dos Servidores da Prefeitura de Cuiabá, conhecida como ‘Clube Aspe’.

Ao chegar no local, teria aguardando por uns 20 minutos, quando foi autorizada a entrar na sala em que estaria o vereador. Ao abrir a porta, a enfermeira se deparou com o parlamentar se masturbando em sua frente.

Corrupção de Menores

Contra Adevair pesou, ainda, uma acusação de crimes contra a dignidade sexual e corrupção de menores. A denúncia anônima foi apresentada pela primeira vez em 31 de agosto de 2017, e nela também são acusados o Clube Aspe, e Jaburitã Francisco Nunes. O caso veio a público na semana passada, mas já foi arquivado pelo Ministério Público.

Procurado por Olhar Direto na última sexta-feira (8), Adevair afirmou que a denúncia é “balela”. “Não sei de onde tirou isso. Por que não foi investigado? Investiga, manda investigar. Por que não foi investigado até hoje? Isso é complô do Grupo Gazeta contra mim. Não sei do que se trata, não fui informado. Tem muito tempo e nunca falaram nada, por quê?”, argumentou. A citação ao grupo de comunicação se deu pelo fato de o jornal A Gazeta ter sido o primeiro a noticiar o caso.
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