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Notícias / Cidades

Suspeito de matar engenheira tem prisão mantida; testemunhas serão ouvidas

Da Redação - Fabiana Mendes

Jackson Furlan, de 29 anos, suspeito de matar a engenheira agrônoma Julia Barbosa de Souza, de 28 anos, teve a prisão mantida em audiência de custódia realizada na segunda-feira (11). Ele foi encaminhado ao Centro de Ressocialização de Sorriso (CRS). A vítima foi morta com um tiro na nuca, na madrugada do sábado (9), quando estava dentro da caminhonete do namorado, em Sorriso (a 420 quilômetros de Cuiabá).

O delegado que investiga o caso, André Ribeiro, disse ao Olhar Direto que já ouviu três testemunhas do crime e que deve ouvir outras nos próximos dias. Ainda conforme ele, alguns laudos como, por exemplo, do veículo da vítima, são aguardados. A previsão é que o inquérito seja concluído nos próximos dez dias.

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O acusado se entregou na tarde de domingo (10) e se manteve em silêncio em depoimento à Polícia Civil. O advogado de Jackson disse que ele teve um um ato de coragem. "Mesmo sabendo que será encarcerado, em um ato de coragem, em uma demonstração inconteste de vontade de colaborar com a Justiça, ele será apresentado a autoridade policial", disse o advogado em conversa com a imprensa em frente à Delegacia do Município.

No dia do crime, a agrônoma pediu ao namorado para que os dois fossem comprar chocolate, já que ela estava com vontade de comer. Eles então seguiram até uma conveniência, de onde saíram minutos depois. O suspeito, que estava atrás, tentou realizar a ultrapassagem e mostrava-se furioso porque o carro da vítima estava devagar.
 
“Houve perseguição, a vítima deu a volta para tentar despistar o suspeito, inclusive entrou em uma rua errada, deu ré e voltou a ir atrás do casal, até que atirou e a atingiu. Não houve discussão, rusga, nada. O vidro da caminhonete permaneceu fechado durante todo o tempo. O motivo foi ela estar devagar com o namorado”, disse o delegado. 

O delegado ainda pontua que não há dúvida quanto a autoria do crime e afirmou que o crime é bárbaro e repugnante. “Algo que chocou a sociedade. Nossos investigadores bateram de porta em porta atrás de imagens que pudessem nos ajudar. Depois que a foto da caminhonete foi divulgada na imprensa, começamos a receber ligações e na noite de sábado já tínhamos o nome do suspeito”.
  
O caso
 
Segundo a Polícia Civil, Júlia e o namorado saíram de uma conveniência, na Avenida Natalino João Brescansin, por volta da 01h40 da manhã. Eles passaram a ser perseguidos depois de ultrapassarem um desconhecido, em uma caminhonete branca. O motorista buzinava o tempo todo para que o namorado de Júlia parasse.
 
Entretanto, o casal seguiu, quando na avenida Brasil, perto do Hospital 13 de Maio, o suspeito deu um tiro que acertou a nuca da vítima. Júlia foi levada para o hospital, porém não resistiu aos ferimentos e foi a óbito. Após efetuar o disparo, o suspeito fugiu sentido a rodovia MT-242.
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