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Assembleia Legislativa aprova criação de grupo de trabalho em defesa do VLT

Da Redação - Wesley Santiago

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) autorizou a instalação de um grupo de trabalho para acompanhar, sugerir, fiscalizar e analisar os estudos do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que serão feitos pelo governo federal, via Secretaria Nacional de Mobilidade e Serviços Urbanos. O requerimento havia sido feito pelo deputado estadual, Wilson Santos (PSDB), ex-secretário de Cidades na gestão de Pedro Taques (PSDB). 

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A proposta surgiu após debate realizado no dia 11 deste mês em uma audiência pública, de autoria do parlamentar, que discutiu a situação das obras do VLT, paralisadas desde o segundo semestre de 2014 ainda que o estado tenha gasto até R$ 1 bilhão com as empreiteiras responsáveis pelo projeto.

“A ideia é discutir com técnicos especialistas e movimentos sociais e comunitários propostas para que o projeto do VLT saia do papel. Essa união de segmentos é importante para verificar a viabilidade técnica e financeira e ainda como o trajeto do VLT pode melhor contemplar a população de Cuiabá e Várzea Grande”, explica o deputado Wilson Santos.

Wilson afirmou que o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) precisa de um projeto simplificado. O parlamentar ainda explicou que, durante a gestão do governo Pedro Taques (PSDB), sua equipe deixou a finalização do modal orçada em R$ 450 milhões.

“O governo passado deixou o orçamento pronto para conclusão da obra, algo em torno de R$ 450 milhões, com todas as cinco simplificações. Não há mais contrato com o consórcio VLT, a justiça em nível estadual e federal já rompeu o acordo feito unilateralmente com o governo”, disparou Santos.

Vale destacar que em 12 de julho deste ano, o Governo do Estado criou um Grupo de Trabalho (GT) com o propósito de encomendar um estudo de viabilidade técnica junto à Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, por intermédio da portaria nº 1674, órgão vinculado ao Ministério de Desenvolvimento Regional. O empreendimento tem contrato de financiamento no Programa Pró-Transporte, e se encontra atualmente paralisado.

Mesmo ‘empacado’, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) continua a ter um gasto considerável aos cofres públicos. No total, da gestão de Pedro Taques (PSDB) até a atual de Mauro Mendes (DEM), já foram desembolsados mais de R$ 600 milhões para o pagamento de empréstimos aos bancos federais. Na última segunda-feira (11), ficou definida a criação de um Grupo de Trabalho da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para acompanhar os trâmites da equipe técnica do Executivo.

O vice-presidente do Instituto de Engenharia de Mato Grosso, Jorge Rachid Jorge, lembrou que o VLT já consumiu mais de R$ 1,6 bilhão. Ele citou como exemplo que, no governo de Pedro Taques, foram pagos somente de empréstimos aos bancos federais mais de 500 milhões de reais e, que em dez meses no atual governo já foram desembolsados de R$ 120 milhões.

O grupo de trabalho a ser criado pelo Legislativo vai agregar as seguintes entidades: Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), Instituto de Engenharia de Mato Grosso, Associação dos Usuários de Transporte de Várzea Grande, Prefeitura de Cuiabá, Prefeitura de Várzea Grande, Câmara Municipal de Cuiabá e Câmara Municipal de Várzea Grande.

Haverá ainda a participação da  União Cuiabana de Associação de Moradores de Bairros (Ucamb), Federação Mato-Grossense de Associações de Moradores de Bairros (Femab) e  União Coxipoense das Associações dos Moradores de Bairros (Ucam).

VLT

O Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) foi escolhido como modal de transporte a ser implantado em Cuiabá e Várzea Grande ainda no período anterior à participação de Cuiabá na Copa do Mundo de 2014.

O investimento total a ser feito pelo governo do estado corresponderia a R$ 1,477 bilhão, por meio de um empréstimo contraído junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Após cinco anos, as obras estão paralisadas e sem perspectiva de retorno. No dia 1º de novembro, o Diário Oficial da União (DOU) publicou a decisão administrativa do governo federal em prorrogar por 120 dias o estudo a respeito da viabilidade do VLT.

A prorrogação do prazo de conclusão do estudo veio do Ministério de Desenvolvimento Regional, por causa da complexidade do modal e do levantamento de informações.
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