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Secretário do PSD aposta em união de Maggi, Mendes e agronegócio em torno de Fávaro para vaga de Selma

Da Redação - Érika Oliveira

Frustrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que rejeitou seu pedido para assumir automaticamente a vaga de Selma Arruda (Pode) no Senado, o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) poderá chegar ao cargo pela união de esforços entre o agronegócio e os grupos de Blairo Maggi (PP) e do governador Mauro Mendes (DEM). A aposta do secretário-geral do PSD de Cuiabá, vereador Toninho de Souza.

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“O Carlos Fávaro hoje é o nome para unir, porque ele está no Governo Mauro Mendes e ele tem uma forte ligação com o Blairo Maggi, com o Eraí, que são os principais nomes do agronegócio no Estado. Então, eu acho que essa eleição suplementar é a oportunidade de unir o que estava em caminhos opostos, inclusive falando dessa junção aí de Blairo Maggi e Mauro Mendes”, avaliou Toninho.

Fávaro também concorreu ao Senado em 2018, mas ficou em 3º lugar, com 434.972 votos. Ele foi o responsável por provocar o processo que resultou na cassação de Selma. Na ação, ele pedia ainda sua diplomação automática no cargo. No entanto, o TSE decidiu, nos termos do voto do relator do caso, ministro Og Fernandes, “que a Constituição Federal determina uma nova eleição para senador, caso o cargo fique vago, sem suplente para substituir o titular, e faltem mais de 15 meses para o término do mandato”.

Fávaro foi vice-governador na gestão de Pedro Taques (PSDB), mas rompeu com o tucano próximo do fim do mandato e assumiu postura de oposição no grupo do atual governador, Mauro Mendes. Atualmente ele comanda o Escritório de Representação de Mato Grosso em Brasília (Ermat).

Desde que a vaga de Selma ficou oficialmente em aberto, na última terça-feira (10), uma série de políticos e, até mesmo quem não é do meio, anunciaram pretensão em concorrer ao cargo. Entre os possíveis candidatos, conforme já adiantou o Olhar Direto, estão Cidinho Santos (PL), Eduardo Botelho (DEM) e o próprio Blairo Maggi.

Para Toninho, no entanto, o agronegócio “aprendeu com os erros passados”. Em 2018, com mais de um candidato que representava o setor, nenhum foi eleito. “O agronegócio caiu em si da perda que teve, do prejuízo que foi a desunião. O agronegócio que sempre teve tradição de ter seus representantes só não teve um senador eleito porque se dividiu. Sachetti de um lado, Fávaro de outro, outra parte apoiando o Nilson Leitão... Mas agora eles caíram em si e eu acredito que agora o agronegócio vai unir em torno do Fávaro”.
 
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