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'Não perdi um minuto de sono,' diz caseiro sobre julgamento de Palocci no STF

G1

Principal personagem do caso que envolve a suposta participação do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci na quebra de seu sigilo bancário, o caseiro Francenildo dos Santos Costa está tranquilo na tarde desta quinta-feira (27). "Dormi bem na última noite. Não perdi um minuto de sono por causa disso (o julgamento)", admite.

Usando um terno cinza, uma camisa branca com listras azuis e uma gravata cor vinho, que pegou emprestados do advogado, "Nildo", como é conhecido pelos amigos, admite que é a primeira vez que acompanha uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Sentado em uma das primeiras poltronas do plenário, ele diz que o STF está sendo mais fácil do que a CPI. "Estou tranquilo. Mais tranquilo do que no depoimento na CPI. Aqui é mais fácil porque é só assistir. Não preciso falar", avalia Nildo. "Não tem nada de diferente," diz sobre estar no Supremo.

A CPI que ele se refere é a Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos, que interrogou Francenildo para falar sobre supostas atividades suspeitas de Palocci em uma mansão do Lago Sul, em Brasília.

Depois de acompanhar o início do julgamento, ele evita avaliar o seu final: "Vamos ver no que vai dar. Ainda não dá para prever o que vai ocorrer."

Questionado se ficou feliz com o relatório apresentado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que pede a abertura de investigação contra o ex-ministro da Fazenda, ele faz mistério. "Ele leu. Agora vamos ver o que os outros (os ministros) acham."

Segundo informações do STF, 20 das 21 acusações contra Palocci que tramitavam na Corte já foram arquivadas, sendo a maioria por falta de provas. Ele sempre negou envolvimento com as irregularidades pelas quais era investigado em processos do Supremo.
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