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Cota de 30% não ajuda mulheres na política, afirma senadora Kátia Abreu

Da Redação - Thalita Araújo e Priscilla Vilela

Desde 1996 existe uma lei que obriga os partidos a terem 30% de mulheres em suas candidaturas. Uma das mulheres de grande representatividade no cenário político atual, a senadora e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) Kátia Abreu (DEM-TO), afirma que esse sistema de cota não tem garantido o sucesso das mulheres na política nacional.

Em entrevista ao Olhar Direto na quinta-feira (27) quando esteve em Cuiabá para participar do 1º Seminário de Vereadoras do Estado, a senadora afirmou que “a cota garantiu a candidatura feminina, mas não garante o seu sucesso”.

Kátia analisa que, de maneira geral, houve um aumento muito pequeno no número de mulheres na política, por conta da cota, mas que, especialmente nas assembleias legislativas, está havendo um retrocesso, as mulheres estão “sumindo”.

“Nós precisamos de políticas públicas e de ações como, por exemplo, esse seminário, que fomenta as discussões. As mulheres precisam ampliar sua visão do debate”, diz Abreu. Ela explica que o Brasil acostumou-se a impor às mulheres políticas – e elas aceitarem – o debate apenas nas questões sociais, estendendo-se à saúde e à educação.

“São três temas da maior importância, mas as mulheres não podem ficar restritas apenas a eles. Elas têm que ampliar seu debate e representação, para que possam ter um público maior, que possam votar nelas”, analisa a senadora.
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