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“Não sei se entro nessa briga”, diz Bolsonaro sobre apoio em eleição suplementar ao Senado

Da Redação - Lucas Bólico

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem acompanhado os desdobramentos políticos provocados pela cassação da senadora Selma Arruda (PODE), mas ainda não definiu que posição deve tomar diante da eleição suplementar convocada para 26 de abril pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para preencher a vacância na representação de Mato Grosso em Brasília.

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“Não sei se entro nessa briga ou não. Não é briga, nessa competição, mas se tiver um bom candidato ali em Mato Grosso, se nosso partido estiver formado, a gente vai lançar esse candidato nosso”, declarou Bolsonaro nesta quarta-feira (22).
 
Apesar da declaração do presidente, está descartada a hipótese de o Aliança Pelo Brasil ter candidatura própria nesta eleição em Mato Grosso, mesmo que consiga assinaturas suficientes e seja criado antes do pleito. Isso porque segundo as regras estabelecidas para esta disputa, só poderão ser candidatos políticos filiados antes de outubro na agremiação pela qual pretendem concorrer.
 
Bolsonaro revelou que tem acompanhado o intenso interesse na vaga despertado entre políticos mato-grossenses. Um eventual apoio, revela, será muito bem pensado e não levará em conta “quem pedir primeiro”.
 
“Se aparecer um candidato bom, a gente apoia. Não é quem chegar na frente, porque eu sei que tem uns 20 candidatos ao Senado já em Mato Grosso”, declarou o presidente da República. A senadora cassada Selma Arruda (PODE), aliás, foi eleita em 2018 sob a promessa de ser uma defensora do bolsonarismo no Congresso Nacional.
 
No primeiro ano de eleita, a juíza aposentada entrou em roda de colisão com interesses do governo e deixou o partido do presidente após ser pressionada por um dos filhos de Bolsonaro. Selma migrou para o Podemos e meses depois Bolsonaro também deixou o PSL por desentendimento com a direção do partido e anunciou a criação do Aliança Pelo Brasil.
 
O assunto foi abordado por Bolsonaro em sua já tradicional transmissão ao vivo feita pelas redes sociais. Nesta semana, foi o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, quem acompanhou Bolsonaro na live. “Temos eleições esse ano, Tarcísio?”, perguntou o presidente. “Sim, senhor”, respondeu. “Onde é que tem eleição esse ano?”, retomou Bolsonaro. “Em todos os municípios”, declarou o ministro. “Mas antes, tem alguma eleição em março ou não?”, replicou o presidente. Diante do silêncio e da expressão de incerteza do responsável pela Infraestrutura, Bolsonaro completou: “Tem. Em Mato Grosso”.
 
A breve fala do presidente sobre os interesses que rondam a cadeira de Selma Arruda acabou sufocada pela repercussão de uma declaração feita na mesma transmissão, mas ao tratar da questão indígena no Brasil.
 
“Com toda a certeza, o índio mudou, está evoluindo, cada vez mais o índio é um ser humano igual a nós. Então, [precisamos] fazer com que o índio cada vez mais se integre à sociedade, e que seja realmente dono de sua terra indígena. É isso que nós queremos aqui”, disse o presidente.
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