Imprimir

Notícias / Ciência & Saúde

Dia Nacional do Combate ao Fumo reforça reflexão sobre alternativas para abandono do vício

Da Redação com Assessoria

O debate sobre as leis antifumo está em pauta em diversas partes do país. São Paulo lidera a discussão e já implementa sua nova lei, Rio de Janeiro e Curitiba também criaram novas regras, que entrarão em vigor nos próximos meses. Neste sábado, 29 de agosto, o país comemora o Dia Nacional de Combate ao Fumo, levando estados e municípios a desenvolverem ações para conscientizar a população sobre os problemas gerados pelo tabaco. Especialistas indicarão aos interessados os principais danos à saúde e como reduzi-los. Na Bahia, Feira de Santana realizou diversas ações de esclarecimento. Em Palmas (TO), os profissionais da Secretaria Municipal de Saúde capacitaram as Unidades de Saúde do estado para a abordagem sobre o tabagismo. Em João Pessoa (PB), haverá exibição de um filme do INCA sobre tabagismo no dia 2 de setembro. Em Goiás, foi organizada uma caminhada ao ar livre para comemorar a data.

A proibição do fumo em ambientes fechados, além dos já conhecidos malefícios à saúde, se tornou mais um estímulo para que fumantes queiram abandonar o cigarro. No entanto, para muitos, é difícil deixar o hábito sem ajuda, por isso é importante conhecer os tratamentos existentes. Grande parte dos fumantes sabe que a nicotina é a substância responsável pela dependência química do tabaco, mas são as outras 4720 substâncias presentes no cigarro que provocam os cânceres e enfisemas.

Um dos métodos utilizados no tratamento para abandono do tabagismo, recomendado pelo Ministério da Saúde, é a Terapia de Reposição de Nicotina (TRN), em que o paciente recebe doses de nicotina ao longo de algumas semanas através de adesivos colados na pele ou ingestão de pastilhas. A quantidade da substância fornecida pela TRN é suficiente para reduzir a irritabilidade e mau humor causados pela necessidade de fumar. Aos poucos, o fumante vai diminuindo cada vez mais a necessidade da substância e em algumas semanas se vê livre do vício.

Para o diretor do Instituto Brasileiro de Informação em Saúde, Dr. José Sica, responsável por programas antitabagistas em grandes empresas brasileiras e multinacionais, a maior dificuldade dos consumidores que desejam parar de fumar é a dependência causada pela nicotina. "A nicotina tem um potencial viciante maior até do que a cocaína, tanto que os fumantes chegam a consumir 20 cigarros por dia", afirma Sica. Para o especialista, o fator social também influencia na questão, e ele chega a dividir a dependência igualmente entre fatores químicos e psicológicos. "O vício do tabaco não é tão inocente e o fumante começa a perceber isso agora, com as restrições sobre os locais onde ele pode fumar", acrescenta o médico.
Imprimir