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IFMT apura denúncia contra professor de dedicação exclusiva que estaria exercendo outras atividades

Da Redação - Fabiana Mendes

O Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) apura denuncia contra um professor, que estaria exercendo atividades particulares mesmo sob contratação de dedicação exclusiva. O docente seria do curso de Agrimensura do campus Cuiabá - Cel. Octayde Jorge da Silva, e seria sócio de duas empresas.

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Segundo informações de um aluno, o professor estaria exercendo há prática supostamente ilegal há muitos anos, inclusive teria um escritório particular. "Lá na escola muita gente sabe que ele (o professor) faz isso. Já cheguei inclusive a entregar atividades do curso lá no escritório dele", relata.

Em pesquisa no site Consulta Sócio, o nome do professor consta como sócio, administrador ou dono de duas empresas, sendo ambas em Cuiabá. Uma possui capital social de R$ 50 mil e a outra de R$ 200 mil.

Ainda conforme o aluno, outros dois professores conhecidos no mercado de trabalho estariam exercendo a mesma prática. Segundo a denúncia, um dos professores estaria usando  as dependências da escola como escritório.

O outro não seria dedicação exclusiva, mas exerceria atividades incompatíveis com seus horários de docência. "É bem comum ele faltar ou ficar enrolando na aula. Quando ele falta a gente já sabe: está fazendo serviço particular.Estes professores ficaram ricos enquanto fingem que dão aula no curso", diz.

Procurada pelo Olhar Direto, assessoria de imprensa do IFMT informou que as Leis nº 12.772/2012 e nº 8.112/1990 trazem os dispositivos legais que permitem a um professor em dedicação exclusiva atuar em outras instituições ou possuir outros vínculos.

No entanto, alegou que em relação ao professor citado, é preciso avaliar a sua situação funcional junto à instituição, bem como os seus vínculos jurídicos com essas empresas. Esses procedimentos são realizados pela área de Gestão de Pessoas e pela Corregedoria do IFMT.

Portanto, neste momento, acrescentou que não é possível afirmar que houve ou não alguma irregularidade em relação à situação funcional do servidor citado. Nesse sentido, informou que o caso será devidamente apurado, respeitando o direito ao contraditório e à ampla defesa do suposto acusado.
 
 
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