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Barranco diz que reitora era perseguida por Bolsonaro e lamenta renúncia

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

Presidente do PT em Mato Grosso, o deputado estadual Valdir Barranco lamentou a renúncia anunciada pela reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Myrian Serra nesta sexta-feira (21) e saiu em sua defesa, afirmando que ela estava sendo perseguida pelo Governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

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Recordando os problemas que a UFMT teve com o Governo Federal no ano passado, o parlamentar disse que ficou preocupado com o que motivou a renúncia da reitora que foi eleita de forma democrática pela maioria dos votos e tinha o direito de cumprir o seu mandato até o fim deste ano.  

“É com preocupação que recebo a notícia da renúncia da professora Myrian Serra do cargo de reitora da UFMT. Professora Miriam foi eleita num processo de lisura e de democracia plena e vinha sofrendo perseguição política desde o início do governo de Jair Bolsonaro. À ela nosso absoluto respeito e solidariedade. Ficaremos atentos”, disse o deputado em nota emitida nesta tarde.

A reitora anunciou que irá renunciar do cargo no 2 de março, após o feriado de carnaval. Com a decisão, o vice-reitor Evandro Aparecido Soares da Silva deve assumir a função.

No anúncio feito por meio de um ofício enviado ao presidente da Associação Nacional do Dirigentes das Intuições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), João Carlos Salles Pires da Silva, Myrian informa os motivos que a levaram a deixar o cargo.

"Por razões de cunho pessoal, comunico a minha renúncia ao Cargo de Reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a partir de 02 de março de 2020", disse.

Myrian esteve na gestão durante uma das maiores crises financeiras da Universidade. A energia elétrica chegou a ser cortada por falta de pagamento em julho do ano passado, nos cinco campi que compõem a Universidade (Cuiabá, Várzea Grande, Araguaia, Rondonópolis e Sinop), além da Base de Pesquisa do Pantanal e Casa do Estudante.

Ao todo, seis contas deveriam ser pagas para a Concessionária Energisa. O valor aproximado da dívida era de aproximadamente R$ 4,5 milhões. Na época, a dívida da Universidade chegava a R$ R$ 1,8 bilhão.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, após tomar conhecimento do desligamento de energia elétrica, anunciou que iria tomar as medidas cabíveis tanto administrativas como judiciais para a responsabilização dos envolvidos pela má gestão na unidade.

No mês de julho do ano passado o deputado federal José Medeiros (Pode) enviou um ofício ao Ministério da Educação (MEC) pedindo uma auditoria na UFMT e o afastamento imediato de Myriam até que as investigações estejam concluídas.
 
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