A Prefeitura de Cuiabá irá punir quem elevar, de forma abusiva, os preços de insumos e serviços relacionados ao coronavírus. A multa está prevista no decreto 7.839, assinado na última segunda-feira (16) por Emanuel Pinheiro (MDB). O fato será considerado abuso de poder econômico.

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Em seu artigo 12, o decreto prevê que "considerar-se-á abuso  do poder econômico a elevação arbitrária de preços, sem justa causa, dos insumos e serviços relacionados ao enfrentamento do COVID-19, sujeitando os infratores às penalidades previstas na legislação específica".

Sendo assim, o Procon Municipal ficará encarregado de apurar as denúncias e reforçar as fiscalizações. Um número do 0800 também será disponibilizado para a população.

Na Capital mato-grossense, há relatos de que os preços do álcool em gel e até de máscaras aumentou, com a demanda excessiva.

Em outros pontos, com a falta do álcool em gel para utilização nas mãos, alguns começaram a vender álcool 80%, utilizado para acender churrasqueira. A pesquisadora em saúde da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Chrystina Barros, alerta para o uso.

"Algumas pessoas estão procurando o álcool de churrasqueira, que tem uma concentração maior, porque acham que quanto mais forte o álcool, melhor, mais ele mata. Mas isso não é verdade", explica a pesquisadora, em entrevista ao Extra. "Quanto mais puro o álcool, mais rápido ele evapora e, por isso, não terá o tempo necessário de ação", completa.

O álcool líquido também não é ideal para ser usado nas mãos. O indicado pela especialista é o álcool em gel 70%. "Isso pode ser até perigoso, porque o líquido resseca as mãos, e seu uso repetitivo pode machucar a pele, servindo de porta de entrada para algum tipo de contaminação".