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Simples, amável e profissional dedicado: amigos lamentam primeira morte por coronavírus em MT

Da Redação – Fabiana Mendes

A primeira morte por coronavírus em Mato Grosso comoveu muitas pessoas na cidade de Lucas do Rio Verde (a 332 quilômetros de Cuiabá), que lamentaram a morte de Luiz Nunes, de 54 anos, nesta sexta-feira (3). 

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“Seu Luiz, como todos os chamavam, era um líder forte, determinado, mas ao mesmo tempo pessoa simples, amável... um amigo conselheiro e querido que nos deixa saudade”, disse a direção do supermercado onde o gerente trabalhava.

“Uma coisa que ficará na minha memória é que ele ia lá pra cima do mercado e sentava na poltrona, ficava admirando o mercado lotado de clientes. Acho que não tinha prazer maior pra ele do que ver seu trabalho sendo recompensado”, comentou uma amiga que trabalhou com Luiz  

Conforme o Comitê de enfrentamento de Lucas do Rio Verde, Luiz procurou atendimento na rede privada no dia 26 de março. Como teve uma piora no quadro de saúde, no dia 29 ele procurou a rede pública, sendo encaminhado para o Hospital São Lucas.

Luiz estava internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O resultado do exame que atestou o Covid-19 saiu na tarde de quinta-feira (2) e menos de 24 horas depois, ele faleceu.

O gerente disse que esteve em viagem ao Sul do Brasil e retornou a Mato Grosso no dia 19 de março. Desde os primeiros sintomas, os familiares teriam sido orientados a manter isolamento social. Luiz era hipertenso e diabético. 

Comércio havia sido reaberto

O prefeito de Lucas do Rio Verde, Luiz Binotti, publicou, no dia 26 de março, novas normas sobre o funcionamento do comércio durante a pandemia. O Decreto Municipal nº 4.689/2020 flexibilizava o funcionamento dos setores a partir do dia 30 de março e citava também recomendações para o equilíbrio entre o combate à doença e a situação econômica no município.

A decisão havia sido tomada após reunião dos comitês locais e a publicação do Decreto Estadual nº 425/2020, assinado pelo governador Mauro Mendes, que consolidou medidas temporárias restritivas às atividades privadas, bem como atendendo solicitações de entidades representativas do comércio, como Acilve e CDL.

Conforme o decreto municipal, estava permitido o funcionamento de alguns segmentos, com recomendações de manter controle de acesso para evitar aglomerações.

Estava permitida também a circulação do transporte coletivo urbano municipal, bem como o transporte individual remunerado de passageiros por meio de táxi ou aplicativo.

O Comitê de Enfrentamento ao Covid-19 deve publicar um novo decreto com relação às aulas e funcionamento dos setores do comércio e indústria.
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