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Barbudo critica ex-presidentes investigados e pede que Bolsonaro não entregue celular em investigação

Da Redação - Lucas Bólico

O deputado federal Nelson Barbudo (PSL) subiu o tom após a repercussão da divulgação do vídeo da reunião ministerial na sexta-feira (22) e afirmou que voltará a usar as redes sociais de maneira mais contundente, como fazia na época da campanha eleitoral. Barbudo se mostrou especialmente incomodado com o envio por parte do ministro Celso de Mello para a Procuradoria Geral da República (PGR) de três notícias-crime apresentadas por partidos e parlamentares que pedem novos desdobramentos na investigação sobre a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. Entre as medidas solicitadas estão o depoimento do presidente e a busca e apreensão do celular dele e de Carlos Bolsonaro para perícia.

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Barbudo sustenta que Bolsonaro é o único presidente patriota desde a redemocratização do país, pois, segundo ele, todos os antecessores foram investigados ou presos. Mesmo assim, o deputado conclama o presidente a não colaborar com as investigações em curso caso venha a ser determinada uma perícia no celular. O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, não determinou a perícia, ele somente encaminhou à PGR as notícias-crime à PGR.
 
“O único presidente patriota desde que os militares entregaram o poder, o único. O resto foram todos investigados quando não presos e agora esse homem tentando moralizar essa pátria e o judiciário querendo atropelara ordem institucional? Não conseguirão. Bolsonaro, conte comigo, conte com o povo de Mato Grosso. Não entregue o celular caso o procurador-geral da República cometa essa besteira. Vai haver consequências das nossas e imprevisíveis como disse o grande general [Augusto] Heleno”, declarou o parlamentar de Mato Grosso em uma rede social.
 
Barburdo disse que desde que se elegeu vinha adotando um tom mais ameno em suas declarações, mas que agora sua paciência se esgotou. De acordo com ele, o judiciário “ultrapassou a linha vermelha”. “Um ministro do Supremo pediu autorização para poder apreender o celular do presidente da Republica. O que é isso? Onde iremos chegar? Não pode. Que pais é esse? E o celular do Adélio [Bispo] e dos advogados? Cadê a Ordem dos Advogados do Brasil? Chega. O povo não aguenta mais”, reclamou.
 
O deputado federal ainda disse que lutará até a morte para defender Bolsonaro e fez menção à ditadura militar como saída para manter o presidente no cargo. “Parabéns Heleno, uma nota rápida dizendo que a cobra pode fumar. Ó, um aviso, na hora que os homens do botão dourado fizerem igual em 64, não chorem, porque eu estarei do lado do povo. Eu estarei do lado de Jair Bolsonaro. Sou da década de 60. Vivi muito jovem o período em que os militares tomaram conta porque senão vocês, criminosos, teriam implantado a ditadura cubana no Brasil e, pelo que vejo, um conluio para que se retome uma ditadura socialista no Brasil está andando”.

Em outras duas postagens, Barbudo ainda declarou que a divulgação do vídeo da reunião ministerial fortaleceu o presidente. “Tentaram enterrar Jair Bolsonaro, mas se esqueceram que ele é uma semente! Vem com tudo meu Presidente!!”, disse em uma. “Eleito com sucesso e reeleito com 21 minutos de reunião ministerial divulgada em massa graças aos marqueteiros da oposição! Bolsonaro, conta comigo, eu e minha família somos cabos eleitorais de graça mais uma vez, valeu!!”, afirmou em outra.

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