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Neurilan Fraga chama Damares de despreparada e diz que ameaça de prisão a prefeitos é afronta

Da Redação - Lucas Bólico

Repercutiu muito mal com lideranças municipalistas o vídeo da reunião ministerial do presidente Bolsonaro divulgado na sexta-feira (22) pelo Supremo Tribunal Federal, principalmente o trecho em que a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, fala que vai pedir a prisão de prefeitos que tem adotado medidas para conter o avanço co novo coronavírus.
 
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O presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios, Neurian Fraga, ressalta que a ministra demonstrou estar despreparada para ocupar cargo de tamanha  envergadura "Esta é uma afronta descabida em cima daqueles que estão se dedicando a melhorar a qualidade de vida das pessoas.  A ministra demonstra com a sua atitude, não conhecer a realidade dos municípios brasileiros.  Talvez  desconheça também o quadro que vem se agravando com a pandemia em todo o País, com o número crescente de óbitos e de pessoas contaminadas. Por que então mandar prender os prefeitos?", indagou o presidente da AMM.
 
Neurilan lamentou a situação e a postura da ministra a portas fechadas, em reunião com os colegas de governo. Fraga disse que diante deste cenário perigoso com o avanço da Covid-19, os gestores são os primeiros a serem cobrados pelos cidadãos que moram nos municípios, a tomar medidas de proteção à saúde da população. "Eles estão preocupados e tem feito todo o esforço no sentido de preservar a vida das pessoas. Nós como representante da entidade municipalista, defendemos veemente os prefeitos e prefeitas que estão nesta luta, buscando os meios para conter a propagação do vírus", disse ele.
 
O vídeo em questão foi divulgado na sexta-feira, mas foi gravado durante a reunião ministerial de 22 de abril, no Palácio do Planalto. Nas imagens é possível ver a ministra criticando os prefeitos por eles adotarem o distanciamento social, medidas necessárias para o enfrentamento da pandemia da covid-19. A gravação, será agora a base para o inquérito do Supremo Tribunal Federal-STF que investiga se o Presidente da República tentou interferir politicamente na Polícia Federal.
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