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“Só sabem criticar e ainda não repassam um real para ajudar", rebate Emanuel Pinheiro

Da Redação - Max Aguiar

Mais ponderado e com menos adjetivos dirigidos ao governador Mauro Mendes (DEM), o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou que mesmo sem receber repasse financeiro do Estado, a Saúde da capital carrega a Saúde de Mato Grosso nas costas. Ele ressaltou que além da covid-19, o município atende todas as outras doenças e lembrou que mais da metade do pacientes são do interior. “Só sabem criticar e ainda não repassam um real para ajudar".

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Em entrevista na Rádio Jovem Pan, Pinheiro disse que se qualquer um for fazer uma visita ao novo Pronto Socorro (Hospital Municipal de Cuiabá), verá que pelo menos 60% dos atendimentos são destinados a pessoas que não residem na capital. 

De acordo com Emanuel, apenas nos meses de março, abril e maio o HMC atendeu 6.330 pessoas na urgência e emergência e fechou com 100% da capacidade de lotação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e ainda 2.098 cirurgias de média e grande complexidade. 

"Fico triste com as leviandades, com as mentiras ao meu respeito. Tentam me atacar e jogar contra as autoridades e contra a população. Isso é coisa eleitoreira. Mas a realidade é que toda estrutura de Saúde é do município. O município de Cuiabá carrega a Saúde do estado nas costas. Olha o número de pessoas do interior que está lá no HMC tratando todas as outras comorbidades. Não existe apenas a Covid. Existe infarto, AVC, derrames, pessoas sendo atropeladas, pessoas sendo esfaqueadas, crianças passando mal. E tudo recai no serviço municipal. Se você precisar de ajuda, você irá à UPA, policlínica, Pronto Socorro, Hospitais de referências. Mas tudo isso não dizem. Só sabem criticar e ainda não repassam um real para ajudar", comentou o prefeito. 

Na entrevista, Emanuel disse que jamais se comparará aos ataques que recebbeu, pois se fosse leviano e irresponsável, iria questionar onde o governador está investindo o dinheiro que o presidente Jair Bolsonaro enviou ao estado.  

"Se eu fosse leviano e irresponsável eu falaria o que o senhor [Mauro Mendes] fez com os R$ 89 milhões, se quem tá fazendo tudo são os municípios? Fica uma perseguição maldosa, de pura ma fé. Onde é que o governador aplicou o dinheiro? O Hospital Metropolitano, a Assembleia deu R$ 10 milhões. As EPIs são doadas. Será que o senhor está desviano? Jamais falaria isso. Como líder, eu tenho que levar paz. Tenho certeza que o governador está administrando bem esse recurso, segurando. Assim como eu. Pois não sabemos se o governo federal vai doar mais. Fico triste com as leviandades, tentam me atacar, mas enquanto isso eu trabalho e cuido de Cuiabá", concluiu o prefeito. 
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