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‘Me sinto traído’, diz vereador que doou salário e VI para Prefeitura de Rondonópolis combater Covid-19

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

O vereador Rondonopolitano Thiago Muniz (DEM), que já abriu mão de três meses de seu salário e de verba indenizatória, doando algo em torno de R$ 53 mil ao fundo de saúde do município para ajudar no combate ao novo coronavírus, disse que se sente traído e que irá cobrar explicação do prefeito José Carlos do Pátio (SD) sobre a Operação 'Operação Stop Loss', deflagrada pela Polícia Civil na manhã de terça-feira (16), com o objetivo de investigar o superfaturamento e outras irregularidades na aquisição de materiais de consumo para o combate à pandemia da Covid -19 pela Prefeitura de Rondonópolis.
 
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Segundo o parlamentar, o indício de fraude na compra de insumos para o enfrentamento do novo coronavírus é desumano e merece uma apuração profunda, tanto das autoridades policiais, quanto do legislativo, que no mês passado não conseguiu maioria para aprovar uma investigação contra o prefeito pelas compras suspeitas.

“Eu me sinto traído. Doei R$ 53 mil para o Fundo Municipal de Saúde, que é o equivalente a três meses de salário e três meses de verba indenizatória. Antecipei este dinheiro, então eu particularmente me sinto muito triste, pois quero ajudar a sociedade neste momento difícil e vejo a dificuldade das pessoas aqui em Rondonópolis com esta crise. Fiz este gesto para tentar levantar a autoestima das pessoas, com exemplo e vemos acontecer isso. É muito triste e muito grave”, disse o vereador ao Olhar Direto, não descartando uma possível convocação de Pátio para prestar esclarecimentos na Câmara Municipal.
 
“Quanto mais transparência que o prefeito der neste momento, é melhor para gestão dele. Se ele não deve ele não tem que temer. Então qualquer ato de transparência que ele der ao Poder Legislativo é muito importante para sociedade”, afirmou.
 
A operação que investiga a ocorrência de superfaturamento na aquisição de materiais de consumo para o combate à pandemia da Covid -19 pela Prefeitura de Rondonópolis, foi deflagrada nas primeiras horas desta manahã, pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) e pelo Ministério Público Estadual e Ministério Público de Contas.

Além de busca e apreensões, a justiça também determinou o afastamento da secretária municipal de Saúde, Izalba Diva de Albuquerque Oliveira, por conta das supostas irregularidades na aquisição de materiais de consumo para o combate à pandemia da Covid -19 pela prefeitura, com dispensa de licitação. Além de busca e apreensões, a justiça também determinou o afastamento da secretária municipal de Saúde, Izalba Diva de Albuquerque Oliveira, por conta das supostas irregularidades na aquisição de materiais de consumo para o combate à pandemia da Covid -19 pela prefeitura, com dispensa de licitação.

A Polícia Civil ainda informou que não descarta a participação do prefeito José Carlos do Pátio, no suposto esquema, porém, até o momento, não há provas que incidam contra ele.

Em nota, o prefeito disse que não havia necessidades de uma operação e que a prefeitura já cancelou a compra suspeita de faturamento.
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