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Curado da Covid-19, governador muda discurso e diz para população procurar atendimento nos primeiros sintomas

Da Redação - Isabela Mercuri

Após contrair o novo coronavírus (Covid-19) e se curar com o uso de alguns remédios (que não especificou), o governador Mauro Mendes mudou o discurso que vinha tendo há algum tempo, e agora sugere que a população procure atendimento médico já nos primeiros sintomas da doença, como febre, tosse seca e dificuldade para respirar.

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Segundo Mauro, quando os doentes esperam muito para procurar ajuda, já chegam às unidades de saúde em estado grave, o que acarreta a lotação das UTIs. No último domingo (21), a taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva do Sistema Único de Saúde (SUS) chegou a 81,3% no estado.

A recomendação foi feita em entrevista à rádio Gazeta FM, de Barra do Garças (516 km de Cuiabá), na manhã desta segunda-feira (22). “Estamos chegando a quase 10 mil casos da doença. Acho um equívoco isso, esperar ter sintomas graves para ir a uma unidade. O meu médico me receitou um medicamento e eu tomei e graças a Deus passei bem”, disse.

Mauro afirmou que se a doença é tratada nos sintomas iniciais, há menos chance de se agravar, e explicou que o primeiro atendimento deve ser em postos de saúde e policlínicas, ou seja, na atenção básica, que é de responsabilidade das prefeituras.

“É importante que as pessoas que tenham sintomas do coronavírus procurem um médico, um posto de saúde e lá muito provavelmente a gente espera que o médico possa receitar alguma coisa. Não espere ficar grave demais para procurar uma unidade de saúde. Algumas pessoas não procuram, não tomam remédio e aí agrava muito. Quando procura, já precisa ir para a UTI porque está com 50%, 70% do pulmão comprometido. E aí fica difícil salvar a vida dessa pessoa”, ressaltou.

O governador ainda disse que busca adquirir medicamentos para distribuir aos postos de saúde. Na manhã desta segunda-feira (22), também, o secretario de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo deu uma declaração que segue a mesma linha, mas afirmou que o Estado não vai distribuir “kits” de medicamentos, e sim dar assistência aos hospitais de referência. “Entendemos que há necessidade de começar um tratamento precoce nas unidades de atendimento básico. Vamos tentar auxiliar os municípios nisto”, disse.
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