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Bancada de MT requer que governador acione MPE contra preços abusivos de medicamentos

Da Redação - Arthur Santos da Silva

A bancada federal de Mato Grosso solicitou que o governador Mauro Mendes (DEM) acione o Ministério Público (MPE) para abrir investigação contra empresas que estão cobrando preços abusivos por medicamentos usados para o tratamento precoce de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

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O requerimento foi realizado na noite de quinta-feira (26), em reunião online entre os parlamentares e o chefe do Executivo Estadual, pelo senador Jayme Campos (DEM), após o deputado federal Leonardo (Solidariedade) reforçar a necessidade do Governo do Estado oferecer tratamento precoce aos pacientes de Covid-19. 

"Já está pacificado, o governador entendeu que os kits de medicamentos podem ajudar, principalmente após o tratamento dele mesmo, que contraiu a Covid-19. No entanto, ele afirmou que empresas farmacêuticas estão cobrando preços abusivos, até dez vezes mais caros, com a desculpa dos estoques de matéria prima terem acabado. Comprimidos que custavam R$ 49 centavos estão custando R$ 4,50, por exemplo", afirmou Leonardo.

Médico, o deputado federal Leonardo tem defendido desde o mês de maio que a melhor forma de combater a Covid-19 é associar o tratamento precoce, para melhorar as chances de sobrevivência dos pacientes; com a interiorização dos leitos, para prevenir a falta de vagas em todo Estado; e a testagem em massa, com objetivo de traçar uma estratégia assertiva de isolamento e abertura do comércio.

"Por isso precisamos que o governador mostre ao Ministério Público que empresas são essas que estão cobrando preços abusivos, para conseguirmos a redução do preço nem que seja através da via judicial. As pessoas precisam de tratamento adequado pelo SUS, especialmente quem não pode pagar caro por um tratamento particular", disse o deputado federal.

Segundo Leonardo, a Covi-19 é dividida em quatro fases, da menos grave a pior, sendo possível combater, na maioria dos casos, a doença ainda nos estágios iniciais, antes do pulmão ser comprometido. Os medicamentos combinados podem impedir o vírus de se replicar em grande quantidade, prevenir infecções oportunistas e melhorar a resposta do organismo.

"Eu defendo o tratamento precoce. Apenas ressalto que é preciso acompanhamento médico. Por isso precisamos ofertar na rede pública, sob orientação médica, para evitar automedicação e garantir o tratamento digno às pessoas", disse. 
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