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Gripe suína causará prejuízos de US$ 1,4 bilhões à Espanha

Folha Online

A propagação da gripe suína --como é chamada a gripe A (H1N1)-- custará às empresas da Espanha cerca de 1 bilhão de euros (US$ 1,4 bilhões), segundo um estudo feito pelo grupo de trabalho suíço Adecco, publicado nesta segunda-feira.

"Levando em conta os custos trabalhistas computados durante o processo de falta de um trabalhador [basicamente benefícios e contribuições] e a duração provável dos recessos [sete dias], o custo aproximado para as empresas será de cerca de 1 bilhão de euros", diz o estudo.

O Adecco se baseia em uma hipótese, segundo a qual perto de 12% dos trabalhadores do países serão infectados pelo vírus da doença.

"A previsão de 50% de faltas [de funcionários] feita por outras fontes é excessivo e provocaria uma situação de caos no mundo empresarial, com consequências incalculáveis", afirma o relatório, que no entanto, afirma que "há muitas incógnitas a serem resolvidas para dimensionar seu impacto [da gripe suína]".

Em 28 de agosto, a OMS (Organização Mundial da Saúde) havia estimado que a gripe A, a primeira pandemia do século 21, já afetou cerca de 210 mil pessoas e causou 2.200 mortes.

O número de mortes pela doença na Espanha chegou a 21, e entre 16 e 22 de agosto foram registrados 15.112 novos casos no país, segundo o último balanço do Ministério da Saúde espanhol.

Sintomas

A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.

Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e deram resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).
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