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Mauro diz que não sobe no mesmo palanque que Emanuel nem em eventual campanha de Botelho

Da Redação - Max Aguiar

A possível candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), à Prefeitura de Cuiabá, pode não ter o apoio do governador Mauro Mendes (DEM). Isso caso o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), recue de disputar à reeleição e entre na campanha do deputado, conforme o próprio emedebista já cogitou publicamente nas últimas semanas. 

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Em entrevista exclusiva ao Olhar Direto nesta terça-feira (14), o chefe do Executivo estadual foi monossilábico, mas contundente ao responder que não apoiaria nenhum projeto político que tenha envolvimento do atual prefeito de Cuiabá. 

"Não". Assim o governador respondeu quando foi questionado se subiria ao palanque que Emanuel em apoio à provável candidatura de Botelho, que recentemente disse ser amigo do emedebista e que só iria disputar o pleito municipal caso Pinheiro não fosse candidato.

O governador disse ainda que tem consciência cidadã, e por tudo que sabe do prefeito de Cuiabá, prefere não comentar muito o assunto, mas que qualquer desdobramento político com apoio de Pinheiro, ele não participaria. 

"Independente de qualquer desdobramento político, existe a minha consciência política e a minha consciência cidadã. E por tudo que eu sei e por tudo que eu escuto e vejo, seria impossível apoiar Emanuel Pinheiro ou apoiar um projeto que ele esteja junto", disse o governador.

CPI e afastamento

Mendes evitou polemizar sobre CPI instalada contra o prefeito na Câmara, cujo parecer pede afastamento de pelo menos 180 dias do prefeito devido às supostas irregularidades cometidas quando era deputado. Além do afastamento, o processo pode culminar em cassação de mandato e perda de direitos políticos por oito anos. A votação será feita no plenário da Câmara, onde Emanuel conta com maioria.

O governador prefere guardar a própria opinião, mas relatou que não é diferente do que, segundo ele, pensa a sociedade. "Prefiro omitir minhas opiniões sobre esse momento. Mas, ela não é diferente da opinião do cidadão de bem, do cidadão que mora em Cuiabá e conhece do assunto", concluiu o governador. 
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