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Advogado de MT com família no Líbano vive tensão após explosão que deixou diversos mortos; vídeo e fotos

Da Redação - Wesley Santiago

O advogado de Mato Grosso, Willian Kalilh, viveu momentos de tensão após a imprensa internacional relatar uma explosão que aconteceu na região portuária de Beirute, no Líbano, nesta terça-feira (04). Com parentes naquele país, ele não conseguia entrar em contato com os familiares, já que as linhas ficaram congestionadas e a internet parou de funcionar por algum tempo. A primeira informação chegou a sugerir um ataque terrorista, o que não se confirmou.

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“Eu tenho tias e primos que moram em Beirute e não conseguia falar com eles. A explosão foi tão grande que caíram as torres de celular, sinal de internet. Então, lembrei deste amigo da minha família que mora perto do local e foi o primeiro que consegui falar. Ele esclareceu o que tinha acontecido e tranquilizou”, disse o advogado ao Olhar Direto.
 
Até o início da tarde desta terça-feira, o governo libanês contabilizava 25 mortos e cerca de três mil feridos.



Apesar de o país já ter sido alvo de terroristas e viver período de instabilidade política, não há evidência ainda de que se trate de um atentado. “Realmente no começo aventaram uma possibilidade de que poderia ter sido um ataque de Israel, mas isto não se concretizou. Foi tudo mentira. O que houve foi esta explosão, um acidente no porto”.
 
“Quando ocorreu a explosão, tinha pouca gente no porto. A maioria dos funcionários já tinham ido embora. Morreu quem estava mais próximo. A região é um pouco distante do centro, mas o deslocamento de ar pôde ser sentido longe, pelo que nos relataram”, completou o advogado.
 
Pouco tempo depois de falar com o amigo, Willian Kalilh conseguiu entrar em contato com os familiares, que disseram estar tudo bem. O advogado de Mato Grosso fez questão de lamentar o ocorrido: “É algo inimaginável”.
 
A explosão no porto causou destruição em larga escala e quebrou o vidro de janelas a quilômetros de distância. Alguns barcos que navegavam próximos à costa do Líbano chegaram a ser balançados pela força da explosão.
 
O chefe de segurança interna do Líbano, Abbas Ibrahim, disse em entrevista a uma rede de televisão que a explosão aconteceu em uma área que armazena materiais altamente explosivos, como o nitrato de amônio, mas que não são explosivos em si.
 
A Cruz Vermelha disse também que há barcos operando no resgate de pessoas que foram jogadas ao mar. Parte dos atingidos foi levada a hospitais, mas ainda há muita gente presa em escombros dentro de suas casas.
 
A emissora libanesa LBCI informou que o hospital Hôtel-Dieu de France, no centro da capital libanesa, atende mais de 500 feridos e fez um pedido de doação de sangue.
 
O Líbano vive um período de instabilidade política. No fim do ano passado, o primeiro-ministro Saad Al-Hariri renunciou. O país viveu um período com um vácuo de poder, até que Hassan Diab assumiu e anunciou a formação de um novo governo em janeiro. O gabinete foi anunciado em meio a uma série de protestos.
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