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Notícias / Cidades

Família de estudante de medicina morta no Paraguai cobra julgamento de acusado

Da Redação - Fabiana Mendes

A morte da estudante de medicina Erika de Lima Corte, 29 anos, ocorrida em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, completou dois anos nesta quinta-feira (20). A família da vítima, que mora em Barra do Garças (a 518 km de Cuiabá), pede que seja realizado o julgamento do principal suspeito, o eletricista paraguaio Christopher Andrés Romero Irala, 29 anos.

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Erika de Lima Corte foi assassinada com 16 facadas. A vítima foi encontrada em seu dormitório por uma colega, que acionou a polícia. Christopher foi flagrado por câmeras de segurança da residência onde a vítima morava. Ele teria ido até o local arrumar um chuveiro e teria se aproveitado da situação para tentar estuprar a estudante, quando cometeu o crime com requintes de crueldade.

A prima de Erika, a vereadora de Pontal do Araguaia, Fabiana Corte, disse que a família acompanha o processo de perto. “Nós temos conhecimento que ele está preso, mas para nós da família seria um alivio seu julgamento. Pelo que ele fez com a minha prima e há informações que ele já tinha matado outra mulher, um homem desse jamais deve voltar ao convívio social”, disse em entrevista ao site Araguaia Notícia.


Família colocou faixa pedindo justiça. 

Na época do crime, o pai de Erika, ex-prefeito de Pontal do Araguaia, Raniel Corte, disse em entrevista ao Olhar Direto que sua filha saiu de Mato Grosso por falta de oportunidades, segurança e educação. 

“Ela foi para lá porque não tem educação aqui. Adequamos ela com os recursos que a gente tem. Ela já era enfermeira. Foi para lá porque não tinha emprego no Brasil. Não teve segurança. As três coisas causaram a morte dela. Cadê o Estado nesta situação? O Estado está onde? Como já fui prefeito, convivi com isso, eu não consigo entender porque o Estado é tão negligente com os humanos. É lamentável”, disse.

Histórico 

No dia 14 de agosto de 2012, Cristopher Romero, na época com 21 anos, foi acusado de matar a golpes de punhal a estudante universitária paraguaia Daisy Patricia Benítez Gómez, 26, no bairro Perpétuo Socorro.
 
O rapaz foragiu, depois se apresentou e chegou a ser preso pelo assassinato, mas por falta de provas, acabou sendo liberado. Daisy foi morta com crueldade, segundo policiais paraguaios. Além de várias punhaladas na vítima, o assassino tentou queimar o corpo.
 
Ele teria conhecido Erika quando fazia uma instalação elétrica na casa ao lado onde ela morava. Depois disso, passou a assediar a estudante, insistindo para que ela aceitasse um pedido de namoro.
 
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