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Com Covid-19 e dor torácica, cacique Raoni permanecerá internado

Da Redação - Wesley Santiago

O cacique Raoni Metuktire, líder do povo Kayapó, precisará continuar internado na cidade de Sinop (447 quilômetros de Cuiabá). Ele, que testou positivo para o novo coronavírus, também apresentou dor torácica e ficará sob observação, além de fazer novos exames.

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A dor torácica pode ser indicativo de miocardite inflamatória talvez relacionada a Covid-19. Apesar de sua saúde inspirar cuidados, seu quadro é estável e deverá fazer novos exames.

Ele precisou ser internado novamente um mês após receber alta hospitalar Exames específicos realizados (tomografia computadorizada e sorologia) confirmaram a presença da Covid-19 em seu organismo. A doença vem se alastrando pela Terra Indígena Capoto/Jarina e tem colocado em risco a vida de centenas de pessoas da região.

Constatou-se alterações na taxa de leucócitos no sangue do cacique e sintomas de pneumonia.  Exames específicos confirmaram a Covid-19. Seu estado é bom, sem febre, respirando normalmente e sem ajuda de oxigênio.
 
A equipe médica do Hospital Dois Pinheiros confirmou que o Cacique teve Covid-19 e que exames mostram presença de anticorpos.

Anteriormente, o cacique teve um quadro de infecção intestinal. Ele tratou das úlceras gástricas com antibióticos e protetor gástrico.

Morreu em junho, Bekwika Metuktire, esposa do líder indígena reconhecido internacionalmente desde os anos 1980, Kayapó Raoni. Ela teve um Acidente Vascular Cerebral e em seguida um infarto.
 
Da etnia caiapó, Raoni é conhecido internacionalmente por lutar pela preservação da Amazônia e pela causa indígena. No último dia 20 de janeiro, ele e outros indígenas lançaram uma carta em que citam, entre outras coisas, ameaças e falas de ódio promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro.
 
Raoni Metuktire já foi recebido por autoridades de todo o mundo ao longo de sua militância em defesa dos povos tradicionais e das florestas brasileiras. Ele estava recolhido há alguns anos em sua aldeia, no Xingu, em Mato Grosso, mas voltou à ativa, aos 89 anos diante das queimadas do ano passado e em protesto às políticas ambientais do governo Bolsonaro.
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