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Seca faz usina do Manso ficar com menos da metade do volume de água em reservatório

Da Redação - Wesley Santiago

A Usina Hidrelétrica de Manso, localizada em Chapada dos Guimarães, também é uma que está sofrendo com a falta de chuvas que assola a região da baixada cuiabana. O reservatório está com menos da metade do volume de água e com um total 22% menor que o mesmo período do ano passado.

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Ao Olhar Direto, Furnas Centrais Elétricas - responsável pela Usina do Manso - informou que o reservatório encontra-se atualmente na elevação 282,45 metros, o que representa volume útil de 45,58%. 

No mesmo período do ano anterior, a elevação registrada foi de 284,34 metros, com volume útil de 67,59%. A Usina de Manso tem capacidade instalada de 212 MW e está operando conforme despacho do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

As usinas hidrelétricas brasileiras são componentes do Sistema Interligado Nacional (SIN) e a sua operação é planejada e programada pelo ONS. O nível do reservatório e a energia despachada são programados pelo ONS, que opera o conjunto de reservatórios brasileiros de forma integrada, com o objetivo de garantir a segurança energética.

A região do Lago do Manso também tem sofrido com queimadas e a chuva há tempos que não dá as caras à montante (acima) da barragem. Tal situação contribui para que o reservatório fique abaixo da metade de sua capacidade total.

A assessoria explica ainda que a barragem da Usina de Manso é vistoriada regularmente seguindo o protocolo de segurança estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.

A potência instalada na usina é de 210 MW. Para se ter uma ideia, 1 MW é capaz de abastecer aproximadamente mil casas. Manso está interligado ao sistema nacional de energia e na maior parte do tempo (99.9%) produz energia também para outros estados do país. A geração depende também do nível do reservatório.

A Usina Hidrelétrica (UHE) de Manso tem uma tecnologia de ponta que permite que ela seja controla de até três cidades diferentes. Além disto, existe um sistema automatizado para evitar qualquer tipo de falhas que coloque em risco a operação do local. Em caso de falha tecnológica, todo o sistema da barragem pode ser controlado através de uma sala, por uma única pessoa.

Em caso de um possível incêndio no gerador da usina, existe um sistema que aplica CO² na sala, que é uma câmara fechada. Sendo assim, ele retira o oxigênio do ar e, consequentemente, apaga o fogo, já que não pode ser jogado água dentro da máquina. No transformador, que está em um sistema isolado, existe outro sistema contra incêndio, onde é jogada água pressurizada. Tudo isto é feito de forma automática, mas também pode ser feito manualmente.

Além disto, existe um sistema nas comportas da usina, que faz com que elas desçam automaticamente em caso de qualquer tipo de problema. Segundo Furnas, empresa responsável pelo local, isso é feito para garantir a total segurança da operação e, principalmente, dos funcionários que trabalham na barragem.

A barragem atua também como uma espécie de ‘defesa’ para os rios. Isso porque evita que as cidades sofram com enchentes. Sem a usina de Manso, é provável que Cuiabá e outros municípios sofressem com as chuvas em períodos intensos.
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